Sangue jogado em igarapé pode causar danos ao solo
As imagens do igarapé, em Rodrigues Alves, mostram rejeitos descartados de um frigorífico local. A empresa já foi multada e fechada no início do mês pela prática do crime, mas a contaminação pode ter comprometido o solo da região.
O sangue que foi descartado nas águas do igarapé será diluído aos poucos, o que pode demorar entre dois e três anos.
Quando o crime ambiental é identificado de forma rápida, os danos causados ao meio-ambiente têm boas chances de serem revertidos, mas se as providências demorarem muito tempo para serem tomadas, as consequências podem ser devastadoras.
O Geógrafo e Ambientalista, Claudemir Mesquita, explica que as bactérias presentes no sangue descartado no igarapé são bastante prejudiciais ao meio-ambiente. A contaminação, nesse caso em particular, é tanto ecológica quanto biológica.
“O dano que vai ocorrer é que os ambientes patogênicos vão para o nosso organismo e vão nos contaminar então contamina toda a cadeia animal, toda a cadeia humana e o meio ambiente”, disse o Geógrafo e Ambientalista, Claudemir Mesquita.
Claudemir Mesquita cobra das autoridades competentes uma postura mais rígida e eficaz contra pessoas, empresas ou instituições, que cometam qualquer tipo de crime ambiental.
“O Estado e os órgãos que fiscalizam estão sucateados do ponto de vista técnico, financeiro, material, econômico, porque essas coisas não deveriam acontecer. Isso mostra que o meio ambiente é irrelevante, a não ser que, a comunidade reaja e mostre para o povo o que acontece”, conclui o ambientalista.