Durante dois blocos do programa ‘Gazeta Entrevista’ da última sexta-feira, 31, a ex-senadora e ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva, conversou com o jornalista Alan Rick sobre os temas mais atuais da política nacional e local. Um dos assuntos é o tão especulado apoio a Frente Popular nas próximas eleições.
“Nunca fiz essa discussão comigo mesma”, afirmou Marina. Ela lembrou do apoio dado em 2010 a coligação e mais recente ao prefeito Marcus Alexandre(PT) no segundo turno. Já sobre a atual possibilidade, a idealizadora da Rede Sustentabilidade afirmou que não tem lógica e nem pressa neste decisão. Mas a hipótese também não está descartada por completo.
Marina criticou a polarização PSDB-PT nos últimos anos a frente do palácio do Planalto. O atual cenário é de estagnação na política. Ela aproveitou para informar que a educação, economia e infraestrutura do país não vão bem.
Perguntada em relação a uma candidatura à presidência pelo PSB, a ex-senadora foi enfática: “A pessoa que vai protagonizar o processo é ele[Eduardo Campos].” E vou a argumentar que só não disputa o pleito por causa dos cartórios que não aceitaram milhares de assinaturas que viabilizam a criação da Rede.
Já sobre o desempenho de Campos nas pesquisas, Marina Silva citou exemplo próprio. Na primeira disputa ao Senado, ela aparecia na quarta colocação, mas após a abertura das urnas, a então petista saiu vitoriosa. “Quando fui candidata a presidente, comecei com 3%. Eduardo tem 5 pontos a mais que eu. Se fosse me orientar pelas pesquisas, nunca teria feito nada”, expôs.
Ao fim da entrevista, Marina deixou claro que não faz política com ódio e sempre está aberta ao diálogo. A relação com os irmãos Jorge e Tião Viana é de respeito, apesar das diferenças partidárias. “Não trato a Frente Popular como inimiga”, declarou.