Eles têm que pagar para facções garantirem segurança
No bairro Cidade do Povo, comerciantes denunciam ao jornalismo da TV Gazeta que estão sendo obrigados a pagar propina para o crime organizado para não terem os estabelecimentos roubados.
No bairro, conjunto habitacional construído pelo Governo do Estado para ser referência em Habitação, os moradores e comerciantes estão com medo da onda de assaltos.
Os comerciantes do Mercado Municipal foram surpreendidos ontem (12) por cinco homens que, armados, invadiram os comércios e levaram dinheiro e pertences das vítimas.
O comerciante João Paulo conta que não existe policiamento no local e que muitos empresários já fecharam as portas. “A gente chamou a viatura da polícia, veio chegar aqui depois de uma hora e ainda falaram pra nós: ‘pode falar na imprensa porque são só 3 viaturas pro 2º Distrito todo’ (…) a insegurança aqui tá (sic) horrível, não tem como trabalhar desse jeito”.
Ilma Melo, também comerciante, faz uma denúncia grave: ela afirma que, cansados de tantos assaltos, alguns empresários decidiram pagar propina às facções criminosas para não terem os estabelecimentos roubados.
“Eu falei com um comerciante que foi assaltado três vezes, está pagando a facção pra hoje poder trabalhar”. Uma moradora, que se identificar por questões de segurança, disse que não aguenta mais tanta violência. Ela não vê alternativa a não ser vender a sua casa e mudar de bairro.
“Ontem foi uma situação muito difícil ver nosso amigos com arma na cabeça. Não tô (sic) com um ano aqui e tô (sic) pedindo a Deus chegar o tempo de poder vender minha casa e sair daqui”.