“Resgate” demorou devido ao nervosismo de Maria Clara
Maria Clara tem 1 ano e 4 meses. Mora no bairro José Moreiro, em Brasileia, junto com a irmã Ana Caroline (pronuncia-se “Carolaine”). A mãe, Maria Rosineide Cruz da Silva, tem 23 anos e uma rotina como tantas mães e donas de casa da cidade.
Rosineide tinha acabado de “arear” uma panela de pressão e estava procurando um prego para pendurar a panela, deixada em cima de um banco. Foi o que bastou. Maria Clara, ainda meio cambaleante, não teve dúvidas: pegou a panela e começou a brincar.
A mãe, sem entender nenhuma situação de perigo na brincadeira, continuou a procurar o prego. Foi quando o inesperado aconteceu. “Ela me chamou, rindo”, lembra a mãe. “No começo ela ficou rindo com a situação, mas quando percebeu que não estava conseguindo sair, começou a se aperriar e, junto com ela, eu também”.
O vizinho José foi quem chamou o Corpo de Bombeiros. “O que aconteceu foi que ela, como tem um corpinho pequeno ‘sentou’ na panela e isso acabou criança um ambiente com pressão ali dentro. Sem ter como mexer as perninhas e as costas junto à panela, ela ficou imobilizada”, contou o Major Falcão.
Os militares tiveram muito trabalho no “resgate”. Envolveram as bordas da panela com pano para que um grande alicate fosse usado para “cortar” a panela. O trabalho foi dificultado porque a criança ficou nervosa com a situação. Era a Maria Clara chorando para um canto e a mãe para outro.
Passado o susto, tudo voltou ao normal. “Ela já tá ali brincando de novo”, disse a mãe. Ao fundo, ouvia-se pelo telefone as gargalhadas de Maria Clara.