O advogado de defesa da enfermeira Géssica Melo de Oliveira, morta durante perseguição policial no interior do Acre, através de um vídeo disponibilizado à imprensa afirma que os policiais acusados de cometerem o crime devem responder por homicídio triplamente qualificado.
De acordo com Walisson dos Reis, todos os laudos apontam para a execução da enfermeira. Além disso, questiona qual a punição que a Corregedoria Geral da Polícia Militar do Acre (PM/AC) vai dar aos policiais investigados pela morte de Géssica Oliveira.
“Agora eu quero saber qual a punição que a Corregedoria vai dar para esses policiais. Vão esperar mais o quê? Os laudos e tudo apontam para uma execução da enfermeira e nós queremos justiça. É um escândalo para a Polícia do Acre. Eles devem responder na forma da lei, por homicídio triplamente qualificado”, diz Walisson dos Reis.
O advogado ainda lembra que os policiais foram soltos da prisão após alegarem que precisavam cuidar dos filhos menores de idade, porém, segundo Reis, eles não pensaram da mesma forma quando mataram a enfermeira, mãe de três filhos.
“Eles forma soltos sob alegação de que deveriam cuidar dos filhos menores, mas não pensaram da mesma forma quando executaram a enfermeira Géssica e deixaram órfãos três crianças. Essas crianças nunca mais poderão dar um abraço na mãe. A mãe está enterrada para sempre”, destaca a defesa.
Inquérito MPAC
Atualizações baseadas no inquérito do Ministério Público do Acre (MPAC) mostram que, segundo a perícia, o manuseio da arma responsável por disparar o tiro que matou a enfermeira se deu com a utilização de luvas que impediram a transferência eficiente de vestígios capazes de identificar quem manuseou a arma.
Ainda de acordo com as atualizações das investigações, há indícios que houve tentativa de “mudar a cena do crime”, com a inserção de uma arma de fogo, do tipo pistola, por parte dos suspeitos dos disparos que vitimaram a enfermeira, alegando-se pertencer a ela, como uma forma de poderem alegar legítima defesa.
Também foi realizado a amostra da urina da vítima, que apontou negativo para bebida alcoólicas ou qualquer tipo de drogas, apenas para os medicamentos antidepressivos que Géssica fazia uso.
Perícia afirma que arma de fogo não era de enfermeira
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