Jairton Silveira Bezerra, de 45 anos, suspeito de matar a ex-companheira Paula Gomes da Costa, de 33 anos, se entregou nesta quarta-feira (6) à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), em Rio Branco. Paula foi brutalmente assassinada a facadas em via pública, no bairro Alto Alegre, no último dia 27 de outubro. O crime teria sido motivado pelo fato de Jairton não aceitar o fim do relacionamento. Desde então, ele estava foragido, com a prisão preventiva decretada. A família da vítima expressa dor e revolta diante do trágico desfecho de anos de violência e ameaças.
A irmã de Paula, Cristina, descreveu a aflição e o medo constante que a vítima enfrentava ao longo dos 13 anos de relacionamento com Jairton, período marcado por abusos e agressões, tanto físicas quanto psicológicas. Em depoimento emocionado, Cristina relatou como Paula vivia isolada e sob vigilância do agressor. “Minha irmã saía do trabalho direto para casa, vivia com medo. Ele era possessivo, agressivo, e sempre tinha ciúmes. Ela passou 13 anos da vida dela sendo agredida por ele”, contou a irmã.
De acordo com a delegada Elenice Frez, responsável pelo caso, a polícia não mediu esforços para capturar o suspeito desde o momento do crime. O mandado de prisão preventiva foi solicitado e expedido no mesmo dia do assassinato. “Foi uma questão de justiça e de respeito à dor da família. Seguimos todas as pistas possíveis, monitorando familiares e locais frequentados pelo suspeito”, explicou a delegada.
Paula já havia buscado proteção na Justiça, tendo uma medida protetiva contra o ex-companheiro. Infelizmente, mesmo com essa ação, ela foi vítima de um crime bárbaro, ocorrido diante da filha do casal, que, segundo relatos da família, ficou profundamente traumatizada com o ocorrido. A criança, agora sob os cuidados dos familiares, encontra-se abalada e com dificuldades de sair às ruas. “Ela nem chama mais ele de pai, só de ‘monstro’. Esse crime deixou marcas profundas em toda nossa família”, desabafou Cristina.
A delegada Frez informou que o inquérito deve ser concluído em até 10 dias, com novas oitivas de familiares e pessoas próximas. Para a polícia, o próximo passo será garantir que o caso tenha um julgamento rápido e justo, proporcionando algum alívio à família de Paula.
Com informações do repórter Luan Rodrigo