Acriana morava com o namorado há duas semanas
A jovem acriana Saionara Santiago Rocha, de 24 anos, foi assassinada na ultima segunda-feira (3) no apartamento do casal no Residencial Moinho dos Ventos, em Goiânia-Goiás. O principal suspeito é o estudante de direito Pedro Frederico Andrade Salgado, 23 anos.
O jovem estudante de direito afirmou durante sua apresentação para a imprensa nesta quarta-feira (5), na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), que matou a namorada, porque ela teria feito “chacota” com ele. “Sai para fazer algumas coisas na rua. Quando cheguei, ela me chamou para dormir. Esperei ela tomar um banho, peguei uma faca e a executei com golpes na parte do tórax. O principal motivo foi por ela ter feito chacota comigo a respeito de relacionamento. Na hora também estava sob efeito de álcool. Estou arrependido”, afirmou.
Após esfaquear a vítima, Pedro viajou para Britânia, região noroeste de Goiás, e retornou no dia seguinte. Quando entrou no imóvel, ligou para a polícia alegando que alguém havia matado sua namorada. No entanto, quando foi interpelado pelos policiais, acabou admitindo ser o autor.
Investigação
De acordo com o delegado Matheus Costa Melo, responsável pelo caso, a mulher alegou recentemente ao namorado que estaria grávida. No entanto, exames feitos após a morte descartaram essa hipótese. A investigação no local do crime conseguiu desconstruir a primeira versão do suspeito, deque alguém teria invadido o apartamento e assassinado a jovem.
“Descobrimos que o carro dele estava na garagem e a chave em seu bolso. Quando verificamos, encontramos a faca com vestígios de sangue escondida atrás do banco. Com o luminol, identificamos sangue no banheiro, nos calçados e no cinto dele. Com todos esses elementos, o entrevistamos e ele confessou”, destaca.
Ainda conforme Melo, o suspeito estava tranquilo e chegou a deitar-se no sofá enquanto a perícia era realizada. Ele alegou que Saionara estava descontente com a vida e pediu que o namorado a matasse. A polícia, entretanto, discorda desta versão.
“Todas as evidência indicam que ela lutou bravamente pela vida, sobretudo porque o braço, a mão e o rosto dela estavam cortados, indicando lesões de defesa”, explica.
O corpo da vítima segue no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia a espera de algum parente para fazer a liberação.
O estudante já tem passagens por lesão corporal, embriaguez ao volante e dano ao patrimônio. Ele agora será indiciado por homicídio. Se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.