Subiu 18% a taxa de desemprego no Acre
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou nesta quinta-feira (16) resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio contínua do primeiro trimestre de 2019.
De acordo com os dados do IBGE, das 27 unidades federativas do país, 14 registraram aumento na taxa de desemprego. As maiores taxas foram observadas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18,0%), e a menores, em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%).
No estado, em relação ao trimestre anterior a variação foi 4,9% e em relação ao mesmo trimestre de 2018, 3,6%.
O cenário assusta, e até mesmo quem está trabalhando com de carteira assinada, teme uma possível demissão. “Qualquer hora pode pegar as contas porque está muito ruim de empregos, a gente fica sempre com medo,” disse a vendedora Marinilda Souza
“Você pensa que hoje está trabalhando e pode amanhã não estar, preocupa bastante”, concordou Luzenir Nascimento, que também é vendedora.
Os dados não surpreendem o economista Rubicleis Gomes. Ele realizou um levantamento sobre a taxa de desemprego no Acre. Segundo ele, foi identificado que somente no primeiro trimestre deste ano os setores da indústria, da construção e do comércio, juntos, fecharam 424 postos de trabalho. Uma triste realidade que, segundo o especialista, não tem prazo para se reverter.
“A gente precisa realmente que tanto o governo estadual, quanto o governo federal criem políticas públicas de curto prazo que expandam o emprego. A grande questão é que isso não vai acontecer, então vamos ter esse problema até o final do ano. A expectativa para economia brasileira e acriana esse ano é muito ruim.”