A Polícia Civil do Acre (PC/AC) iniciou nesta segunda-feira (19) a Operação Jackpot, com o objetivo de coibir a prática de jogos de azar e rifas ilegais. Os principais alvo da Operação são 18 influenciadores suspeitos de promoverem e coordenarem as apostas, e é estimado que a movimentação ultrapasse R$ 5 milhões.
A ação resultou no cumprimento de cerca de 18 mandados de busca e apreensão, e a PC/AC apreendeu 13 celulares, quatro ainda lacrados, além de dois veículos que, supostamente, teriam sido adquiridos com recursos provenientes dessa prática.
Com o cumprimento dos mandados, os aparelhos celulares são analisados para a PC/AC tentar chegar ao montante que os influenciadores conseguiram movimentar com os jogos em Rio Branco. De acordo com a polícia, o valor ultrapassa R$ 5 milhões nos últimos meses.
Além da prática de promoção de jogos de azar, os investigados também podem responder pelo crime de Evasão de Divisa, por não pagarem impostos sobre o dinheiro recebido. O crime pode levar a pessoa a cerca de 10 anos de prisão.
Segundo o delegado à frente das investigações, Pedro Paulo Buzolin, em coletiva de imprensa, a vitória nos jogos não depende só da sorte das pessoas, pois quem é o proprietário da plataforma pode programar para ninguém ganhar em determinado momento e as pessoas saírem no prejuízo.
“Isso não depende só da sorte da pessoa. O jogo de azar é configurado como aquele jogo que depende unicamente da sorte da pessoa. Nesse caso, ele depende, inclusive, do programador”, afirma o delegado.
A Polícia Civil não descarta que outras pessoas estejam envolvidas diretamente na promoção desses jogos online. Todas as questão vão ser respondidas com a investigação que é feita nesse momento, principalmente pelo aparelhos celulares apreendidos dos influenciadores. Um dos investigados chegou a movimentar mais de R$ 500 mil durante a promoção de jogos e das rifas.
Buzolin destaca que quem se sentiu prejudicado após a prática dos jogos e das rifas deve procurar a Polícia Civil, para registrar um Boletim de Ocorrência.
“Pode procurar a Polícia e registrar uma ocorrência. Pode até ser ouvido para o inquérito, dependendo do entendimento do delegado que preside. Com certeza é interessante para a investigação esse tipo de depoimento. Mas a restituição desse valor vai ter que ser pedido em juízo”, esclarece Buzolin.
Matéria produzida em vídeo pelo repórter Adailson Oliveira para a TV Gazeta