Atualmente, 500 presos do semiaberto são monitorados
Agentes penitenciários participam de capacitação para o monitoramento eletrônico de presos de todo Estado. Cerca de 40 agentes participam do treinamento que visa qualificação no sistema de acompanhamento de custódia 24 horas.
Atualmente, mais de 500 presos no regime semi aberto são monitorados no Acre, através da tornozeleira eletrônica. O mecanismo informa o local do preso, ao sistema informatizado do Iapen que tem como fiscais, os agentes penitenciários. 24 horas por dia eles supervisionam o ir e vir dos detentos que não podem descumprir com uma delimitação prevista, por que se não perdem o direito ao benefício.
“Diariamente a gente tem que monitorar o reeducando em duas áreas que é a do trabalho onde ele tem que permanecer durante o dia e após a 18 na residência. Se ele da sair da área delimitada por algum motivo sem autorização, nós repassamos as informações para o juiz que pode inclusive fazer ele voltar para o regime fechado”, explicou o agente penitenciário, Paulo Roberto Costa que atua no presídio em Sena Madureira.
Nesta terça-feira (27), agentes penitenciários de todo Estado que trabalham com o sistema de monitoramento iniciaram um curso de reciclagem e capacitação com a empresa que presta serviço para o governo. O treinamento de três dias será ofertado para cerca de 40 agentes.
“O sistema é completo, tem desde o cadastro do monitorado, até a parte do rastreamento, relatórios de históricos de violação, relatório das violações, então é uma grande gama de ferramentas”, explicou o analista de treinamento, Lucas Ventura.
Segundo o Iapen, as estatísticas de violação do benefício do regime semiaberto são positivas. De 50 violações por semana, agora são registradas 1 ou nenhuma. Para o diretor do instituto, os reeducandos têm demonstrado que querem a ressocialização e o monitoramento é o termômetro disso.
“Em julho tivemos uma violação, então se você avaliar de 450 a 500 pessoas monitoradas ter apenas uma violação é praticamente 99% de pessoas que estão se comportando adequadamente com o monitoramento eletrônico”, comentou o diretor do Iapen, Martín Hussel.