A gestora pública e acrobata aérea, Iri Nobre, há pouco tempo foi diagnosticada com câncer de mama grau 3, considerado grave, no Centro de Controle Oncológico do Acre (Cecon). Após isso, ela foi ao Hospital do Câncer do Acre (Unacon) para os seguintes procedimentos.
Ao chegar ao Unacon, Iri contou que recebeu a informação de que, uma vez retirado o nódulo, ela não vai ter direito a uma reconstrução mamária.
“Essa informação caiu como uma pedra para mim, porque eu vou ficar mutilada”, disse a acrobata.
Por conta disso, ela descobriu que muitas mulheres já passaram por isso e que, provavelmente, ainda vão passar. Segundo ela, a médica que a atendeu disse que se ela quisesse um Tratamento Fora do Domicílio (TFD), poderia dar. Porém, essa possibilidade está fora de questão, pois ela tem uma filha criança para cuidar, além de trabalhar.
“Não tem motivo para eu sair do Estado para buscar um tratamento, pois existem leis federais e estaduais que amparam minha reconstrução mamária”, afirmou Nobre.
Completou dizendo que o caso dela não é necessário uma prótese, já que apenas uma mama está com o nódulo, a outra está saudável e a reconstrução pode ser feita retirando material dela.
“Com isso não falo que a prótese não é importante para mulheres que fazem mastectomia, que é a retirada total. Conheço mulheres que estão sem uma mama, com depressão, não saem mais de casa e sem nenhuma assistência por parte do Estado”, disse a mulher.
A gestora informou que entrou em contato com a Secretaria de Estado da Mulher e a secretária conversou com o secretário de Saúde, e, recentemente, ele pediu os laudos e documentos dela.
“Também dei entrada no setor do Ministério Público que é responsável por essas questões de saúde e fiz uma denúncia na Promotoria Especializada de Defesa da Saúde”, finalizou.
Iri Nobre está diariamente em suas redes sociais expondo seu caso. Ela reiterou que tudo isso é muito difícil, mas que também a fortalece, além de acreditar que fazer algum barulho possa ajudar a sua situação.