Siglas não prestaram contas com o TRE e por isso entraram na lista de inadimplência
Desde o dia primeiro de maio, 11 partidos do Acre estão impedidos de receberem os recursos do fundo partidário. Os presidentes das siglas deixaram de entregar a prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral, e por isso entraram na lista de inadimplência. Como sanção, ficam sem o fundo partidário, que é um dinheiro repassado pela União aos partidos políticos. O diretório nacional rateia e envia para os diretórios estaduais que repassam para os municipais.
É com esse dinheiro que os partidos alugam imóveis, pagam funcionários e garantem a manutenção do diretório. Os partidos mais fortes recebem mais e garantem uma estrutura melhor, no caso dos pequenos, o dinheiro mal dá para alugar um imóvel, mas é um ajuda para quem pouco arrecada dos militantes.
No Acre, a situação ficou complicada para os 11 partidos, sendo sete deles da Frente Popular (PTB; PTN, PSDC,PHS, PRP, PPL E PROS) e outros quatro do bloco de oposição (PR, PPS, PMN E SOLIDARIEDADE).
O PRTB também está na lista, mas a direção no Acre foi dissolvida pelo diretório nacional.
O Tribunal Regional Eleitoral está de olho nos partidos que gostam de desobedecer a lei. Mesmo impedidos de receberam o fundo partidário, muitos recebem dinheiro do diretório nacional. Os presidentes dessas siglas estão sendo multados e condenados a devolver o dinheiro.
O TRE faz o que se chama de tomada de contas especial. Vai até a contabilidade do partido para saber a quantidade de dinheiro que entrou no caixa e quanto e onde foi gasto. Depois o processo é enviado ao Tribunal de Contas da União. Alguns dirigentes de partido figuram na lista dos inelegíveis por causa do fundo partidário.
Segundo cientista político e professor da Universidade Federal do Acre, Nilson Euclides, a falta de controle nas contas dos partidos é apenas uma parte da crise de representação que as siglas partidárias passam.
Segundo o professor, tirando os quatro maiores partidos do pais, ou outros perderam a referência, e existem apenas para negociatas e buscar mais tempo de TV, e para não sumirem do cenário político se unem em coligações.