Governo precisa de dados positivos para comercio carbono
Os dados do Instituto de Pesquisas Espaciais, o INPE, desafiam e divergem dos números apresentados pelo Instituto de Meio Ambiente da Amazônia, o IMAZON quanto ao desmatamento no Acre.
No mês de julho, o IMAZON apresentou estatísticas nas quais havia aumentado o desmatamento na Amazônia. Neste estudo, o Acre estava em quinto lugar entre os estados que mais destruiu a vegetação nativa.
Já o INPE, divulgou que o Acre reduziu em 28% o desmatamento entre os anos de 2012 e 2013.
Os satélites que monitoram a floresta amazônica indicaram que no ano passado foi desmatada uma área de 221 quilômetros quadrados, enquanto em 2012 foram 305 quilômetros quadrados.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus, informou que a redução já era prevista, e que houve um investimento para que os produtores recuperassem áreas degradadas e apostas em pequenas plantações e piscicultura.
“A política do Estado foi tentar frear que o produtor invadisse a floresta, que aproveitasse pequenos espaços para cuidar de pequenos animais e apostar em frutíferas por exemplo. E está dando certo. Por isso, estamos comemorando a queda de 28% do desmatamento no Estado”, relatou.
A secretaria de Estado de Meio Ambiente informou ainda, que o Acre mantém desmatamentos apenas em pequenas propriedades. Ao mesmo tempo, o Governo do Estado tem dados que mostram redução dos desmatamentos em 70% nos últimos 10 anos.
Atualmente, em todo o território do Estado, se mantêm 87% de floresta e apenas 13% são áreas descobertas. Na Amazônia, os produtores rurais podem desmatar apenas 20% da propriedade.
O que também leva o Governo a comemorar os dados do INPE, é que eles servem como referência para os repasses dos créditos de carbono, que são recursos repassados a quem adota medidas em defesa do meio ambiente e mostra resultados positivos. No ano passado, o Acre recebeu R$ 40 milhões de um banco alemão pela comercialização de créditos de carbono.
O mesmo banco ainda tem mais R$ 30 milhões para repassar ao Estado. Tudo depende dos números de preservação. Caso continue assim tudo indica mais dinheiro aos cofres do governo.
Tabela de distribuição da taxa de desmatamento na Amazônia Legal
ESTADO DESMATAMENTO (em Km2)
ACRE 221
AMAZONAS 583
AMAPÁ 23
MARANHÃO 403
MATO GROSSO 1.139
PARÁ 2.346
RONDÔNIA 932
RORAIMA 170
TOCANTINS 74
AMAZÔNIA LEGAL 5.891