Engenharia Florestal, em Cruzeiro, ninguém se matriculou
Pela segunda vez, a Ufac utiliza o Sisu como principal forma de seleção. No ano passado, os cursos mais concorridos tiveram várias chamadas. Medicina, por exemplo, precisou de 15 convocações para preencher as 80 vagas disponíveis. Em 2014, a cena parece que vai se repetir.
Entre as 2.050 vagas disponíveis na instituição, apenas 577 foram preenchidas. O curso de Engenharia Florestal, em Cruzeiro do Sul, não registrou nenhuma matrícula. Ciências Biológicas, também no Juruá, teve apenas um inscrito. Mesma quantidade de Artes Cênicas, no campus da capital. Para Direito ainda restam 24 vagas.
Apenas 14 das 50 cadeiras disponíveis foram preenchidas na Engenharia Civil. Em Medicina, o segundo curso mais disputado do país, apenas 32 candidatos confirmaram a matrícula, entre eles, nenhum acreano. O valor não representa nem a metade das vagas ofertadas.
De acordo com a pró-reitora de graduação da Ufac, este novo processo de seleção faz parte de uma tendência que ocorre em várias universidades públicas. “Nós já tivemos um preenchimento de 28% das vagas. Isso pode parecer pouco, mas é algo que se coloca no cenário das instituições de ensino superior. Nenhuma universidade está conseguindo preencher na primeira chamada”, ressalta Socorro Neri.
Por lei, as chamadas não podem ultrapassar 25% da carga horária em andamento. Porém, a pró-reitora acredita que as vagas devem ser preenchidas até o início do primeiro semestre, previsto para maio.
Nesta segunda-feira, 27, a Ufac abriu um novo processo seletivo. Ao todo, são 140 vagas para os cursos de Psicologia, Música e Letras/ Libras. Os interessados vão concorrer com a nota obtida no último Enem. “Essas vagas não estão no Sisu. É um processo próprio, mas leva em conta as mesmas regras e critérios que utiliza o Sisu”, afirmou Neri.