Acreanos com acesso à água potável representa 48% das pessoas
O Instituto Trata Brasil apresentou para o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) um relatório apresentando dados referentes à situação do saneamento básico no estado.
“Resolvemos começar pelo Acre, porque ele tem uma particularidade de estar em uma situação relativamente ruim, com déficits de população sem acesso a água tratada e falta de coleta de esgoto”, explica o pesquisador do Trata Brasil, Fernando Garcia.
Ainda segundo o pesquisador, o estudo tem o objetivo de criar um balanço entre quanto custa levar o saneamento para a população e como isso pode acarretar em benefícios para o estado.
O levantamento também coloca a capital acreana ocupando as últimas posições no ranking das 100 maiores cidades do Brasil com eficazes sistemas de saneamento. Rio Branco ocupa o 92° lugar.
Resultados do Relatório
Segundo levantamento, o Acre garante acesso à água potável para apenas 48% da população, e somente 10% dos acreanos tem o esgoto coletado. Os furtos e vazamentos de água, que causam o desperdício, afetam 60% do sistema de saneamento do Acre, enquanto a média nacional é de apenas 39%.
Fernando Garcia conta que um dos principais problemas da falta de um saneamento básico eficaz é a proliferação de doenças causadas pelo acúmulo de lixo e falta de higiene, o que poderiam ser resolvidos com uma melhor estruturação dos sistemas de saneamento, e assim, diminuir os gastos públicos com internações e tratamentos de doenças.