Mesmo assim, caminhoneiros decidem esperar até que as águas baixem mais
A BR 364 foi interditada ontem na Velha mutum, devido a lâmina d’água atingir 1,35 centímetros de profundidade na altura do KM 870. O Dnit já está trabalhando na construção de um porto onde as balsas irão atracar. Mesmo assim, alguns caminhoneiros decidem parar, até que as águas baixem e a situação ofereça mais segurança para fazer a travessia.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a BR 364 deve permanecer interditada até a conclusão das obras. “A previsão é de que segunda-feira esteja completa a obra emergencial e a partir daí será dada prioridade a classe dos remédios humanos, animais e também combustíveis”, disse.
De acordo com o inspetor, o trecho de travessia das balsas será maior com o novo porto. “Deve diminuir a grande quantidade de carretas que passavam por dia, mas nada que chegue a comprometer o abastecimento da cidade”, garantiu.
Segundo a defesa civil de Rondônia, a previsão é que até o fim do mês o nível do rio chegue a 19,45 metros. Nesta sexta-feira, o manancial atingiu 19,38 metros.
Os caminhoneiros, profissionais da estrada estão na linha de frente de toda essa problemática. Depois de um período de insistência fazendo a travessia pela BR 364 com trechos inundados, arriscando a carga, o veículo e a própria vida, muitos decidiram parar e aguardar para seguir viagem quando as águas baixarem. Com isso, os pais de família que dependem da estrada contabilizam prejuízos, mas estão na expectativa de que a natureza comece a colaborar.
Os amigos de estrada, Leonardo Russo e Rogério Christ acompanham diariamente a situação do nível do Madeira e das condições da BR. Leonardo está parado há 30 dias. Primeiro pelo motivo de a Suframa estar em greve, depois por que a estrada não dava mais condições seguras de retornar. A carga com 8 toneladas de suco deveria ir para Guajará Mirim em Rondônia. “A expectativa nossa é que melhore daqui em diante, por que o prejuízo é grande”, disse.
Rogério também espera para seguir viagem à Santa Catarina, a empresa dele determinou há 10 dias, que ele aguardasse. “Estamos tomando prejuízo, mas não vamos acarretar mais”, disse o motorista.