Decisão ainda não é oficial, mas deve ocorrer na quinta-feira
Se depender da reunião entre o governador Gladson Cameli e representantes da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agrícolas do Acre (Acisa), realizada na terça-feira (20), o comércio poderá reabrir aos sábados, domingos, feriados e pontos facultativos no estado.
A decisão ainda não é oficial, mas isso deve ocorrer na quinta-feira (22) e começa a valer no sábado, dia 24 de abril. Desde o dia 13 de março o comércio não essencial no Acre está proibido de abrir as portas nos finais de semana, feriados e pontos facultativos.
Outra medida relacionada à estes dias, que também deve ser derrubada, é o toque de restrição das 19 horas às 5 horas.
O empresário Marcelo Moura afirma que o governo está em uma situação delicada, pois necessita adotar medidas pra conter o avanço da covid-19 ao mesmo tempo em que precisa estar atento as severas consequências da pandemia no contexto econômico.
“Em diversas oportunidades de conversa que eu tive com o governador do Acre, eu vejo que a principal preocupação dele é em manter a população assistida sem prejudicar a questão da pandemia. Muitas vezes é uma equação difícil de atender”, afirmou.
“O governo fica em uma situação complicada, mas vem atendendo a todos os protocolos, vem discutir de todos os lados pra tentar mediar, sem criar uma consequência desastrosa, tanto da questão da economia, do sustento das famílias, como que eles não convivem”, destacou Moura.
O empresário avalia que a situação chegou ao limite para muitos comerciantes que precisaram demitir, e em alguns casos, fechar as portas. A dura realidade afetou até mesmo os grandes. “Para você ter ideia, a contabilidade extraoficial, só do setor de supermercados, chegou a um patamar de mil funcionários demitidos esse ano”.
“A principal reclamação é o desemprego. E o empresário não fica satisfeito, de nenhuma forma ele acha que ele resolveu o problema dele, ao contrário, ele tá tentando se manter em pé quando ele demite alguém. Muitos deles não tem nem capital para pagar as indenizações e a rescisão dos contratos de trabalho”, disse Marcelo.
O representante do empresariado estadual acredita a reabertura seja necessária, mas com consciência e responsabilidade de todos ao seguir as recomendações das autoridades de saúde. “Entendemos que o Governo tem os protocolos e a responsabilidade de manter a saúde pública. Mas a gente não pode deixar de lembrar que as pessoas tem necessidade de se manter, de comer, de pagar conta e de comprar alimento pra sua família”.
“Nós precisamos da vacinação em massa, não tem outra ação que consiga, se o lockdown tivesse esse poder, isso já tinha terminado. Infelizmente não tem. Então a vacinação é esperada. O governo vem trabalhando aí com esse consórcio do Nordeste pra compra da vacina russa. E a gente espera que mês tenha uma vacinação em massa e, aí sim, pensar no futuro, em esperança, em voltar nossa economia e deixar a covid-19 para trás”, concluiu.