Boa parte da área já foi condenada pelo Corpo de Bombeiros
“Aqui era movimentado. Passavam muitos carros, muitas casas nessa rua. Mas o barranco foi quebrando e muita gente saiu.”
O depoimento é de uma pessoa que vive na comunidade há mais de trinta anos. A casa de Rosângela Ribeiro é a prova desse processo de erosão.
À medida que o tempo passa, a estrutura de madeira fica cada vez mais comprometida. Em meio a incerteza, ficar dentro do local é um verdadeiro teste de coragem.
“Com certeza. A casa está toda torta. As tesouras já abriram e quando venta, ela balança toda”, argumentou.
Ela sabe que o desbarrancamento é inevitável, por isso, está disposta a deixar local. Mas assim como outras 300 famílias que vivem no bairro, Rosângela não tem para onde ir.
Boa parte da área, que é considerada de risco, já foi condenada pelo Borpo de Bombeiros. Alguns moradores foram retirados, mas a maior parte ainda convive com o medo.
“Qualquer hora estou dormindo com minhas duas filhas e tudo pode desabar. Só tenho a pedir as autoridades”, desabafou a moradora Renata Ribeiro.
Enquanto a solução não vem, o jeito é torcer para que nada de grave aconteça, mesmo sabendo que o perigo mora ao lado.