A afirmação é do delegado de polícia civil, Leonardo Santa Bárbara. Na última quinta-feira, 6, ele participou do ‘Gazeta Entrevista’ e apresentou versão sobre o episódio que envolveu a invasão da delegacia de flagrantes(Defla) por diversos policiais militares.
Santa Bárbara informou que assumiu o plantão às 19h e quase uma hora depois recebeu a ocorrência de acidente de trânsito onde um dos condutores, possivelmente, estava embriagado.
No primeiro momento, o delegado perguntou se o sargento PM Wendel havia feito o teste do bafômetro para comprovar o flagrante. A resposta foi negativa. Após conversa, o motorista aceitou realizar o exame.
“Pedi que o sargento fizesse o teste. Ele se negou e disse que já tinha feito o relatório. Como tinha passado muito tempo, ele ficou com medo de ser incriminado”, enfatizou o delegado.
De acordo com Leonardo, apesar da desobediência, o militar recebeu voz de prisão por falso testemunho. Wendel afirma que teve uma arma apontada para a cabeça, o delegado nega. “Em momento algum apontei arma para ele”, falou.
Sobre a condução do PM a uma cela comum, Santa Bárbara expôs que ele foi encaminhado à sala de outro delegado. “Não foi cogitada essa possibilidade”, argumentou.
O delegado também criticou a posição do tenente-coronel e comandante da Companhia de Trânsito. Márcio Alves é apontado como o responsável da invasão e retirada do sargento. Santa Bárbara afirmou que outro colega, o delegado Alcino Júnior, levou uma gravata do oficial da Polícia Militar. Ele lamentou a posição do coronel, Alves falou que faria tudo de novo mil vezes se fosse preciso.