14-04-21 obras-do-rio-madeira

Ponte sob o rio Madeira passa por ajustes finais

Após 7 anos de obras, inauguração deve acontecer dia 29 de abril

A obra da ponte sob o rio Madeira está nas fases finais. Com 1,5 km de extensão, a ponte deve ser entregue ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) ainda nesta semana e liberada para o trânsito de carros a partir da sua inauguração, dia 29 de abril, com a presença do presidente da república, Jair Bolsonaro.

Os acabamentos nas rampas de acesso e passarela devem encerrar a obra que já dura 7 anos e custou R$ 150 milhões. Estima-se que por dia 1.200 veículos, em média, cruzem a ponte que irá ligar o Acre ao resto do país por via terrestre.

A travessia do estado do Acre para Rondônia é feita atualmente por meio da balsa, essa que está com os dias contados. Para ir e vir é preciso pagar, veículos de passeio custam R$ 20 e caminhões carregados R$ 210. A travessia no rio feita pela balsa demora em média 20 a 30 minutos, dependendo da situação das águas, podendo chegar a 1h quando o rio está em vazante.

Os comerciantes que sobrevivem com a venda de alimentos a caminhoneiros e viajantes que ficam parados aguardando a balsa ir e vir irão ficar sem essa renda, visto que a atual estrada que já está completamente esburacada e deve parar de ser utilizada com a inauguração da ponte.

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“Minha mãe tem esse ponto há 34 anos, eu sou funcionária dela, trabalho aqui desde adolescente, o governo não nos deu nenhuma ajuda, não falou se iriamos ganhar um ponto em outro lugar, vamos fechar aqui e abrir um novo lugar na vila Abunã”, relatou Ivanete Gomes, que tem um comércio de alimentos próximo ao local de embarque e desembarque da balsa.

Com a inauguração da ponte, a balsa e o porto não devem desaparecer imediatamente. Na região há o trabalho de garimpo, esses que utilizam a balsa para o embarque e desembarque de equipamentos. No entanto, deve haver uma redução no quadro de funcionários da empresa que operam as balsas, atualmente são mais ou menos 20 pessoas.

A Vila Abunã será a primeira cidade para quem passar pela ponte. A esperança dos comerciantes é que os viajantes parem para realizar refeições e assim a renda possa ser mantida.

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