Cerimônia pretende ser a mais diversificada da história da premiação
Em ano de emergência sanitária, causada pela pandemia de covid-19, a 93ª cerimônia do Oscar será organizada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. O evento está marcado para o dia 25 de abril, e acontecerá pela primeira vez na Union Station, em Los Angeles, na Califórnia.
A campanha de vacinação, realizada pelo governo americano, dá esperanças de que haja uma reabertura das atividades nos EUA, o que tende a favorecer a realização do evento de forma presencial.
Os produtores do Oscar confirmaram nesta segunda-feira (12) a presença dos astros Harrison Ford, Brad Pitt, Reese Witherspoon, Joaquin Phoenix, Renee Zellweger, Brad Pitt, Laura Dern, Angela Bassett, Halle Berry e Bryan Cranston, entre outros.
Com dois meses de atraso, a data inicial seria 28 de fevereiro, e algumas mudanças nas regras de escolha dos filmes participantes por força da pandemia, como a alteração do prazo que a academia aceitou os filmes que vão participar da competição, que normalmente é de 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano anterior ao do evento, desta vez o período foi um pouco maior para abrangeu os filmes lançados entre 1º de janeiro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021. A organização salientou que as mudanças são temporárias devido à pandemia do novo coronavírus.
A atual edição do Oscar será marcada pelos impactos da pandemia de covid-19, um dos principais foi que a Academia resolveu aceitar também inscrições de filmes transmitidos apenas pela internet. Nas edições anteriores os concorrentes deveriam ser exibidos por um período determinado em cinemas de Los Angeles, Califórnia.
O período também se caracterizou por um aumento no consumo dos serviços de streamings, que foram impulsionados pelo isolamento social, de acordo com uma pesquisa da Nielsen Brasil em parceria com a Toluna, 42,8% dos brasileiros assistem a conteúdos de streaming diariamente, e quase metade dos brasileiros são adeptos da prática pelo menos uma vez na semana.
Desta forma a pandemia causou um prejuízo para as produções maiores, que ficaram impedidas de serem realizadas devido às restrições sanitárias, o que provocou um aumento na participação de produções mais independentes tornando a lista bastante diversa.
Houve também um esforço da academia para se contemplar um número maior de participantes de diferentes origens étnicas, chegando a bater o recorde de indicações de atores e atrizes não brancas nesta edição, ao todo serão nove profissionais. Será a primeira vez que duas mulheres são indicadas na categoria melhor direção.
Devido aos cinemas estarem fechados, Netflix, Prime Video e Disney lideraram as indicações, apenas essas três foram responsáveis por 20 indicações na categoria principal e técnica. A maior parte dos indicados do Oscar 2021 foi disponibilizada ao público por streaming ou cópias digitais.
O filme de David Fincher produzido pela Netflix, “Mank”, foi o que recebeu mais indicações, dez ao todo: filme, diretor, ator (Gary Oldman), atriz coadjuvantes (Amanda Seyfried), fotografia, figurino, maquiagem e cabelo, trilha sonora original, design de produção e som.