Corpo de Bombeiros inicia vistoria em imóveis atingidos
O Corpo de Bombeiros começou a vistoria para o laudo estrutural das casas atingidas pelo explosão que aconteceu numa residência na rua Edmundo Pinto, no bairro Manoel Julião. Na tarde dessa terça-feira, 13, uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas depois que cilindro de explodiu. As casas vizinhas ficaram destruídas e foram interditadas pelo Corpo de Bombeiros, outras 10 residências tiveram telhas e vidros quebrados.
Uma das vizinhas, a Everenice Quaresma passou a noite em frente da casa juntamente com os três filhos e o marido. Sem ter para onde ir, ficaram em cadeiras recebendo apoio dos amigos.
O cilindro que explodiu estava próximo ao muro de sua casa. Todo o teto foi abaixo e as portas foram arrancadas com a força da explosão. São várias as rachaduras na estrutura de alvenaria. Tudo que a família tinha estava na casa, até o carro foi destruído. Everenice disse que não tem a dimensão do prejuízo e ainda não sabe como vai fazer para sair desse prejuízo.
A família só pode entrar na casa com a chegada do Corpo de Bombeiros. Uma equipe vai fazer o laudo dos prejuízos estruturais para saber se as moradias oferecem alguma segurança ou se terão que ser demolidas.
Na casa onde houve a explosão, boa parte do entulho foi retirado, restaram os móveis destruídos e partes do teto.
Os bombeiros já sabem que foi um cilindro de acetileno que explodiu, inclusive a parte superior do recipiente foi parar a 300 metros de distância, no bloco Q do conjunto Manoel Julião.
Outros 20 cilindros de oxigênio e mais 3 de acetileno foram encontrados na casa e levados para um lugar seguro. O proprietário da casa João Batista Alencar teve o corpo apartado ao meio na hora da explosão, possivelmente quando manuseava o recipiente.
O três filhos, o pai de Batista, um senhor de 78 anos, e a empregada da família saíram com ferimentos.
João Batista tinha uma empresa que vendia acetileno e oxigênio, inclusive foram encontrados material de propaganda e um mapa dos locais que eram abastecidos.
O armazenamento dos cilindros na residência era feita de forma clandestina, disse o comandante do corpo de Bombeiros, Coronel Flores, que também visitou o local nesta manhã. O comerciante tinha fechado a empresa que funcionava no bairro José Augusto e levado os recipientes para a residência, colocando em risco várias vidas.
A Policia Civil espera em 30 dias concluir o inquérito, apurando o que levou Batista a levar os cilindros para casa, e tentar descobrir o que deu errado para um dos cilindros explodir. O velório de João Batista aconteceu na capela São João Batista. A família não quer falar sobre o assunto.
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