“Nesse momento temos que unir forças”, diz vice-governador
Se o clima entre as policias Civil e Militar tinha ranhuras, ficou mais grave depois da Operação Sicário, realizada na semana passada. Uma investigação da Polícia Civil e Ministério Público levou a prisão de 18 pessoas ligadas a uma facção criminosa.
Entre os acusados, estava o tenente militar Josemar Farias, um dos homens fortes do BOPE – o batalhão de operações especiais. A Polícia Civil apurou que o oficial ajudava um líder de organização criminosa. Colegas de farda fazem a defesa de Farias e afirmam que houve uma armação para incriminá-lo.
O vice-governador Major Rocha tem como primeira missão apagar as chamas entre a Polícia Civil e Militar. Segundo Rocha, o atrito entre as duas instituições vai atrapalhar o plano do governo de combater o crime organizado. “Nesse momento temos que unir forças para proporcionar um trabalho competente para a população com resultados positivos na redução da violência”, adiantou.
O secretário de Segurança também falou sobre o assunto. Paulo Cézar é oficial da Polícia Militar da reserva. Ele disse que não acredita que existe um atrito entre Civil e Militar, até porque, a ordem de prisão não passou pelos delegados: foi autorizada por três juízes. “Se três magistrados decidiram pela prisão devemos dar credibilidade para a operação. Vamos esperar os próximos desdobramentos”, lembrou.
Segundo o secretário, a prioridade nesse momento é todo o efetivo da segurança trabalhar para reduzir os índices de criminalidade. “As polícias estão montando novos esquemas de atuação para conseguir dar um clima de tranquilidade”, prometeu.
O vice-governador criticou a forma como as policias vinham agindo, sempre correndo para atender quando o crime já tinha acontecido. “A polícia que pouco trabalhou com o serviço de inteligência. Basta ver os números dos crimes que não conseguiu evitar”, cobrou Rocha.