Complexo acumula dívidas que o Estado não tem como pagar
Sem saber o que fazer com o complexo de piscicultura Peixes da Amazônia, que coleciona dívidas, o governo do estado vai fazer um estudo de viabilização e repassar toda a estrutura do empreendimento para a iniciativa privada.
Inaugurado em agosto de 2013, o complexo de piscicultura na BR-364 em Senador Guiomard, era uma das grandes apostas do governo Tião Viana. O estado passava a investir na produção de peixes dando todo suporte para os pequenos produtores que quisessem investir.
Em 60 hectares foram construídos grandes tanques, uma fábrica de ração e frigorífico, preparando para levar ao mercado filé de peixe. A previsão de produção de alevinos era de 12 milhões por ano.
Passados 5 anos da construção o projeto mostrou-se ser um verdadeiro desastre econômico. Em janeiro do ano passado a dívida com fornecedores, INSS e Eletroacre ultrapassava os R$ 3 milhões.
O governo com 25 das ações do complexo teve que buscar recursos de outras pastas para cobrir dívidas da Peixes da Amazônia.
Segundo o porta voz do governo Rogério Venceslau, o novo governo não quer ficar com essa conta em aberto e já foi determinado que se faça estudo para que a peixes da Amazônia seja repassada a iniciativa privada. “Esses empreendimentos que não rendem nada ao estado devem ser passados para os empresários que vão investir e trabalhar para melhorar a produção e gerar empregos. O estado não pode fazer o papel de empresário”, alegou.
O governo não quer se livrar apenas do complexo de piscicultura. Outros investimentos, feitos pelo governo anterior, se transformaram em uma carga de dívidas para o Estado e sem resultados positivos para geração de emprego e renda.
Na lista entram parques industriais espalhados em municípios, a fábrica de tacos e de preservativos em Xapuri e Zona de Processamento e Exportação em Senador Guiomard.