A crônica policial se constrói com centenas de casos de crimes causados pelos mais absurdos motivos. Os gestores em Segurança Pública vão morrer doidos e não vão resolver esses casos. Simplesmente porque não são casos de polícia.

Um pé lá…

Vereador Raimundo Vaz (PR), candidato a prefeito coligado com o PSDB, teria tido altos investimentos pecuniários em sua disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. Até aí nada demais, uma vez que só a partir desta eleição que foram proibidas as doações empresariais. O problema teria sido a origem desse dinheiro: os cofres do PT

… outro cá

Nessa eleição, debaixo da asa de Antônia Lúcia (o que não chega a ser uma referência em nada), Vaz está causando problemas para os tucanos, que são acusados de ser “falsa oposição”. É o preço da palavra dada. O presidente do PSDB se comprometeu com a ex-deputada e vai levar esse compromisso até as últimas consequências.

De novo?

Militância parece esquecer a eleição de Mauri Sérgio. Esses ataques à candidata só a beneficiam. E, fica difícil dizer que o prefeito não tem nada a ver com isso, se a petezada vai lá no tal post e dá um “like”. E, o pior: foram os “likes” de mulheres petistas!

Festa…

A campanha na capital nunca foi tão sem graça como a atual. Fora um ou outro incidente envolvendo Eliane Sinhasique, nada acontece. Enquanto isso, no interior, está pegando fogo. Vídeo de um candidato a vereador por Cruzeiro do Sul, desancando o candidato Ilderley Cordeiro, ameaçando com histórias do passado, saiu diretamente do programa eleitoral de tevê para as redes sociais. Provavelmente se o candidato não fosse homossexual, não teria tanta repercussão.

No interior

Já em Sena Madureira, o deputado Nelson Sales foi gravado por uma equipe infiltrada no comício onde o parlamentar expôs o currículo do adversário dele Mazinho Serafim (PMDB). Nelson se deu ao trabalho de pesquisar nos sites da justiça do Acre e do Amazonas, e o que encontrou, foi mostrado em forma de uma lista quilométrica de papel. O deputado também forneceu os links dos sites da Justiça onde encontrou dívidas de milhões de reais do candidato do PMDB. Sendo que apenas para o Estado do Amazonas, Mazinho deve algo como R$ 300 milhões. Essa conta tá certa, Nelson?

Hereditário

Agora, cargo público (DAS ou FG) virou herança. Quando o pai se afasta da função, um filho assume no lugar dele. Pelo menos foi assim com Clóvis (ex-prefeito do Bujari). Ele se afastou para concorrer de novo e deixou o filho no lugar dele na Cageacre.

Violência

Impossível não destacar o cenário de violência no Acre no fim de semana. A Segurança Pública teve que responder rápido (antecipando algumas ações estratégicas em monitoramento): prendeu seis pessoas que articulavam as ações em nome de uma facção criminosa.

Violência II

Essas respostas rápidas dos gestores são necessárias em um ambiente violento como o do Acre. Mas, o problema de fundo não é exatamente este. A reação oficial é compreensível, dado o apelo popular que o tema “Segurança” tem. O problema é mais complexo e exige remédio muito mais forte do que espalhar policial correndo atrás de bandido.

Violência III

O Acre hoje está assim: o camarada discute e bate na mulher com a qual teve um filho; o irmão da mulher espera o camarada e enche a cabeça do sujeito de bala. Um rapaz derrama cerveja sem querer em cima de outro cliente do bar e recebe como paga duas facadas fatais. E assim a crônica policial se constrói com centenas de casos de crimes causados pelos mais absurdos motivos. Os gestores em Segurança Pública vão morrer doidos e não vão resolver esses casos. Simplesmente porque não são casos de polícia. Tempos difíceis.

Quem vai parar?

Por falar em Segurança Pública, qual é a autoridade que vai colocar freio no desgoverno das declarações dos oficiais da PM? A ordem do oficialato está sendo muito bem compreendida pela tropa que está se sentindo estimulada a agir. É preciso atenção: o Acre já conhece essa novela; já viu esse capítulo e ele não termina bem.

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