A decisão do governador Tião Viana de expor a situação e as dificuldades, antecipando-se aos atos, foi correta e corajosa. Não vai pegar ninguém de surpresa e antecipa-se à maledicência.

Emergência

O governador Tião Viana (PT) assumiu, durante entrevista coletiva à imprensa, que terá que tomar “medidas duras” para atravessar a crise econômica que assola o país. O corte nos salários do funcionalismo público estadual é uma delas.

Decisão acertada

A decisão de expor a situação e as dificuldades, antecipando-se aos atos, foi correta e corajosa. Não vai pegar ninguém de surpresa e antecipa-se à maledicência. O problema é convencer as categorias que estão em luta por melhoria salarial de que a hora é de apertar o cinto e mantê-lo apertado até sabe Deus quando.

Anestesia

A própria antecipação de um cenário de medidas futuras e a admissão da condição de crise integram cálculo prévio: anestesiar os movimentos internos nos sindicatos e representações de classe. A ordem é preservar o que se tem.

Incomum

O que espanta na admissão do Governo do Acre é o ato em si. Há seis anos, o Palácio Rio Branco se acostumou a traçar um mundo de Pollyana e teimar em negar tudo o que não mostrava um Acre imperial e grandioso. Embora calculado, o tom das falas foi correto. Admitiu-se o que todo mundo já sabia. Mas, foi importante que viesse do próprio governo esse gesto. E o mundo nem acabou por isso, não é mesmo?!

Medidas

O Governo Federal anuncia aí que vai disponibilizar R$ 83 bilhões para aquecer a economia. Investimento para construção de casas populares e crédito. O problema é que 60% dessa verba é dinheiro do FGTS. Ou seja, sempre o trabalhador, aquele ser espremido pelo governo é quem mantém a economia girando.

Medidas II

Entre as propostas que serão feitas para atravessar a crise nacional, estão algumas bastante polêmicas, como o retorno da CPMF e a legalização dos cassinos no país (olha o Tchê aí, rs). Mas, outras estão mais de acordo com os interesses da população menos abastada, como a que só aumenta o percentual de Imposto de Renda para os que ganham mais de R$ 40 mil.

Medidas III

O certo é que a ideia enviesada do ajuste fiscal só tende a agravar a crise, porque terá como consequência mais desemprego. O que leva à diminuição da circulação de dinheiro, o que por sua vez acarreta em redução da arrecadação que vai alimentar mais desemprego e menos circulação de dinheiro e está formada a bola de neve.

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