Fora
Sondado para assumir o Incra e assim aquietar a intenção de se candidatar a prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (DEM) deu um sonoro “Não”. O Democrata não quer nem ouvir falar na possibilidade. “Não tô precisando de emprego”, diz ele, ainda candidatíssimo à prefeitura.
Preocupação
Aliás, a insistência de Bocalom em não desistir anda incomodando não apenas ao PMDB, dono da bola, mas, também aos demais partidos de oposição, que temem ver a divisão resultar em nova derrota. Uma reunião foi convocada nesta segunda-feira, exatamente para tentar juntar a oposição em torno de um nome.
Salto alto
Mesmo dispostos a apoiar a candidatura peemedebista à prefeitura, todos os partidos de oposição (ao governo do Estado) reclamam da inflexibilidade e falta de exercício democrático do PMDB. O partido, segundo as outras lideranças, só aceita conversar se for para impor sua própria ideia. Muitos já estão reavaliando a posição – se apoiam a inflexibilidade de Flaviano Melo para tirar o PT do poder e continuar a chupar o dedo ou se investem numa terceira via, afinal Bocalom nunca teve como bancar campanhas milionárias e sempre foi muito bem votado!
Disputa
A disputa pelos cargos federais no Acre está feroz! Que o digam os parlamentares do PMDB, PP, PSD e PSDB que não dormem mais. As ligações estão acontecendo até de madrugada. E é uma “entregação”! Cada vez que um nome aparece para um cargo, outros dez avisam possuir um dossiê sobre o postulante. A briga de foice está mais intensa lá pro lado dos Correios. rs.
Disputa II
Na partilha dos cargos federais no estado, o PMDB decidiu inovar e está pegando os currículos dos interessados. Como se não fossem cargos meramente políticos, onde o saber e a qualificação perdem pontos para a fidelidade ao “projeto”. Francamente! O que vai ter de descontente… depois não digam que a coluna não avisou.
Na agulha
O senador Jorge Viana (PT) está sendo cogitado para assumir a presidência do Senado da República. Os senadores (e demais políticos) já dão como certa a cassação de Renan Calheiros (PMDB) logo depois da cassação de Eduardo Cunha (PMDB). O negócio é avaliar bem se essa visibilidade toda fará bem a ele e ao irmão, nesse momento…
Memória
A desapropriação do Colégio Meta para futura construção de um Museu dos Povos Acrianos é mais um episódio envolto em mistérios. Uma pessoa o mínimo de bom senso questiona a conduta do Governo do Acre.
Memória II
Segundo o Governo do Acre, a indenização vai custar aos cofres públicos R$ 5,7 milhões divididos em 30 parcelas (isso tem o costume de dar R$ 190 mil). Esse é um exemplo de como a tentativa de respeito à memória de um povo é excludente e injusta.
Prioridades
É excludente e injusta por situações que beiram o óbvio. Não são necessárias muitas teses de ordem jurídica e filosófica para perceber que o Acre tem outras prioridades além da construção de um museu. Simples assim.
Identidade
Além do mais, o objeto em si não guarda nenhuma relação com o coletivo. Não há no imaginário do povo acriano nenhum elemento identitário com o espaço onde um dia funcionou “marcenaria dos padres”, “colégio dos padres”, “Colégio Meta” etc. etc.
Mas…
Algumas vezes, o Palácio Rio Branco quer, de fato, fazer crer que o padrão belga da Saúde, Educação, Infraestrutura e Segurança do Acre permite o investimento em áreas pouco sensíveis à rotina popular.
Mais claro
Falando de forma mais clara: “O Acre não tem nenhum outro problema pra resolver e decidiu comprar por R$ 5,7 milhões um prédio de parceiros para fazer um museu”. É difícil demais a um povo esquálido manter o padrão belga de gestão!
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