A expressão “repactuar o governo”, usada pelo ministro-chefe do Gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner, para amenizar a saída do PMDB, já denuncia o caos em que está metido o Planalto.

Na marra

No interior do estado, um ex-candidato a prefeito foi forçado a desistir da candidatura e apoiar outro candidato de um partido adversário, para não acabar preso. Quando a política e a polícia se misturam, o resultado é brabo! Quando envolve tráfico de drogas, então…

Danada

Sentiram falta da ex-deputada Antônia Lúcia na Capital? Explica-se: ela anda desenfreada, arrebanhando gente para o PR, no interior. E está fazendo um estrago nas hostes da esquerda e da direita. Hoje ela andava por Marechal Thaumaturgo, seduzindo (politicamente) o candidato a prefeito do PSDB.

Danada II

Nunca duvidem de Antônia Lúcia! Não é prudente apostar contra a possibilidade do PR sair da crise política fortalecido. O partido, com seus 40 deputados, permanece na base do governo da presidente Dilma. Se votar em bloco contra o impeachment e Dilma concluir o mandato, poderá ampliar o poder, no primeiro e segundo escalões do governo. Será desta vez que Tiririca (PR) assume o Ministério da Educação?

Volta?

O PRB foi o segundo partido a abandonar o barco da presidente Dilma (PSB, foi o primeiro), no meio da crise política. Entretanto, nos bastidores, não faltam informações sobre a volta do PRB para a base. Como o PT está “dialogando” com todos para evitar o impeachment, não se duvida da volta do filho pródigo. Quando cargos entram no jogo, a ideologia foge pela janela.

Mau cheiro

Estranha. Muito estranha. Na verdade estranhíssima, a presença do senador Jorge Viana (PT), no seminário do PSDB/PMDB/Gilmar Mendes em Portugal! O que o senador acriano foi fazer lá, assessoria? Um evento que até as autoridades portuguesas decidiram não comparecer por cheirar a golpe contra a presidente do Brasil. Hum!

Quebrado

Que o Acre está quebrado, todo mundo sabe. O que poucos sabem é que o governo precisou sacar dinheiro do Acreprevidência para pagar 13º salário e que desde 2014 vem fazendo saques no Instituto de Previdência do estado. O fato apareceu porque, para se equilibrar na crise, a Assembleia Legislativa tentou aposentar vários funcionários que foram devolvidos pelo Acreprevidência com um bilhetinho: “Agora não”.

Triste fim

A presidente Dilma que tinha 304 deputados e 47 senadores, formando uma inexpugnável base, em 2014, conta agora com 216 deputados e 26 senadores. Por enquanto, porque o PP, com os 49 deputados e 6 senadores também está de malas prontas, para abandonar o barco, assim como o PDT e PSD.

Repactuar o governo?

A expressão “repactuar o governo”, usada pelo ministro-chefe do Gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner, para amenizar a saída do PMDB, já denuncia o caos em que está metido o Planalto.

Repactuar o governo? II

“Repactuar o governo” nessa altura do campeonato? Aliás, cabe a pergunta: quando é que o segundo mandato de Dilma vai começar? O governo se enroscou nas próprias canelas e o fez de tal forma que o tombo tem toda a plástica de que vai ser inevitável.

Paralelos

O PT nacional e o PT do Acre têm muito em comum. Ambos têm a concepção de que “o partido é maior do que qualquer governo” (uma releitura um tanto quanto tosca do italiano Gramsci); ambos se afastaram do movimento popular e dos movimentos sociais; ambos mantêm a postura de “não ouvir os partidos aliados”.

Detalhe paralelo

Essa última postura merece uma reflexão maior. Em todos os sites e blogs que fizeram a cobertura do nervoso 29 de março em Brasília, destacou-se o diálogo do vice-presidente Michel Temer com o ex-presidente Lula. Nessa conversa, o peemedebista (os petistas devem entender como “mimimi”) pontuou as razões “políticas” para o rompimento. Alinhavando os argumentos, a falta de diálogo, esse substantivo tão caro a muitos petistas que desacostumaram a ouvir.

Detalhe paralelo II

O PT do Acre é rico em exemplos dessa natureza. A última ideia dos doutos do partido defendia a tese da “chapa puro sangue”. Nesse momento é uma tese derrubada pela obviedade quase ridícula da situação. O que restou de bom senso ao partido no Acre pode ser conferido em recentes entrevistas concedidas pelo senador Jorge Viana que rechaçou a ideia. Já não há tanto charme… já não há como exigir tanto do eleitor.

Marcus

Em tempo, o prefeito Marcus Alexandre nunca viu com bons olhos essa história de “chapa puro sangue”. Resta conferir se a postura do senador e do prefeito será hegemônica internamente.

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