Exército de Brancaleone…
… ou de como um punhado de trabalhadores (os da educação), enfrentaram o poder do governo e do partido, expuseram as mazelas da administração e impuseram o direito à liberdade de manifestação.
PT x PT
A garotada do PT saiu em defesa dos grevistas. Lógico! São jovens. Acreditam em mudança. Em justiça. E, acima de tudo, acreditam na luta. Os dirigentes, como os fariseus, trocaram tudo por 30 dinares. E a briga da direita do PT contra a esquerda do partido promete ser boa!
PT x PT II
Mas, para refrescar a memória, basta lembrar que em cada briga interna dessas o PT perde seus quadros mais contestadores, mais críticos. Nesse varadouro, o PT caminha a passos largos para se tornar um PMDB. E nessa semelhança, quem fará o papel de Flaviano Melo do PT?
Bola de neve
Com essa inflexibilidade, o Governo do Estado só vem perdendo aliados e apoios, conforme a coluna adiantou. Estudantes do PCdoB se manifestaram a favor dos grevistas; juventude do PT publicou nota; o governador foi vaiado em Tarauacá e agora trabalhadores das áreas federal e municipal decidiram lançar uma pauta conjunta de manifestações com a educação estadual. Se a PM e os Bombeiros participarem, já sabem, fujam para as montanhas.
Bancada sentada
O que faz mesmo a bancada federal do Acre? Diretor presidente da Eletrobras dá conta de outros 3 estados. A do Incra idem. Resumo da ópera, nem em um nem no outro as coisas funcionam. E nossos deputados hein? E nossos senadores hein? hein?
Enquanto isso… em terras de Galvez…
O deputado Raimundinho da Saúde trocou o descanso do recesso de meio ano pela campanha pela eleição do Sintesac. Botou na cabeça que vai eleger a chapa 1.
Costas quentes
E a Dilma, hein? Depois que o Brasil abriu a temporada de caça contra ela (se fosse na Inglaterra seria a temporada de caça à raposa, rss), correu a se amparar em Obama. Voltou arrotando alto – “não vou cair”. Vai mesmo não! Depois que renovou os votos de submissão e prometeu entregar o que ainda restava – portos, aeroportos, etc, alguém duvida da proteção do Obama?
Frase do dia
“A população brasileira vai diminuir. A Dilma vai matar os ricos de raiva e os pobres de fome”. Wellington J. Campos
Espelho
Impressiona como a Ufac vive dias estranhos. A rotina cortesã da reitoria reflete com fidelidade o que se passa em outros paços. Há um clima de “se não está comigo, está contra mim”. A Adufac, nesse sentido, passou a ser uma trincheira de pensamento com o mínimo de senso crítico na instituição.
Espelho II
A urbanização a que foi submetido o campus não guarda relação direta com a necessária (e inexistente) prioridade que deve ser dada à pesquisa por parte da reitoria.
O Todo e a Parte
Pesquisa nunca foi o forte da Ufac, é bom que se diga. A juventude da nossa federal talvez explique um pouco essa situação. Há ilhas de excelência, raridades pontuadas ao longo da história da instituição. A Ufac, aliás, concretiza uma situação estranha: o todo é menor do que a soma das partes.
O Todo e a Parte II
Explica-se: isoladamente, os centros e departamentos têm quadros excelentes. São professores com doutorado (alguns PHD’s), com experiências acadêmicas fora do país, pensamento crítico etc etc. Isoladamente, são fortes.
O Todo e a Parte II
Agora, todos reunidos sob a sigla “Ufac”, a denominação não soa forte. É ainda frágil. E pior: a instituição, por questões de simpatias políticas que extrapolam os muros da universidade, acabou cultivando aversão à polêmica. Poucos são os professores que partem para o debate franco, respaldados por estudos. Existem, mas são raros.
Narciso
Há, por parte da atual reitoria, uma tentativa de fazer com que as obras de infraestrutura bastem a si mesmas. Antes de a Ufac pensar em ser “bonita”, precisaria tentar se fortalecer junto à comunidade acriana e no próprio universo científico brasileiro. Que contribuição a Ufac tem dado à Ciência no Brasil? E na região Norte, ao menos? E para o Acre? Como tem sido a relação da Ufac nas comunidades?
Quem?
A quem interessa uma Ufac enfraquecida? Ao que se saiba, a ninguém. Então, o que é necessário fazer para ter uma universidade mais participativa, mas necessária na vida do cidadão?