Novidade
A retórica da “novidade” na política de Rio Branco já foi colocada em palanque e deu no que deu: uma versão piorada do “vence-se a eleição com a esquerda e toca-se com a direita”.
Novidade II
É preciso relativizar os conceitos de palanque. Ninguém fez isso há quatro anos na disputa para a Prefeitura de Rio Branco e o que se tem é passagem de ônibus mais cara, cidade esburacada, obras inacabadas etc etc. Rio Branco não está uma cidade mais bonita. Por mil motivos, inclusive a crise econômica que afeta as prefeituras de todo país.
Francineudo Costa
Francineudo Costa, apresentado pelo PSDB como pré-candidato a prefeito de Rio Branco, representa a “novidade na política regional”? Sem dúvidas, jovem ele é: tem apenas 30 anos. Mas, a rigor, “inovação” não guarda relação direta com o tempo registrado em carteira de identidade.
Francineudo Costa II
Francineudo Costa pode ter as melhores intenções do mundo, mas quem está com ele acompanha esse desejo de renovar a política regional?
Subjetividade
Esse conceito de “novo” no universo político é tão subjetivo e calculado com tanta empenho pelas réguas do marketing que está quase desgastado (e, mais uma vez, é preciso lembrar a atual administração de Rio Branco). O que há de interesse público que o eleitor precisa observar? O eleitor precisa observar, analisar, ponderar, pesquisar e decidir.
Engano
Caso contrário, corre-se o risco de eleger “meninos velhos”.
Caras novas
Carinhas novas o eleitor terá muitas, pelo que se vê. Ao menos por enquanto, o que está sendo apresentado pelos partidos são opções com rostos novos: Eliane Sinhasique (PMDB), Marcus Alexandre (PT) e Francineudo Costa (PSDB) são figuras verdes na política regional. Costa e Sinhasique têm o benefício da dúvida se, de fato, inovariam na gestão.
Rocha
A pré-candidatura de Francineudo é apenas parte de bicadas internas do partido e está longe de ser definitiva. A apresentação do neo-tucano como pré-candidato é uma demonstração de força do deputado federal e presidente do partido no Acre, Wherles Rocha, que coloca novos referenciais para Marcio Bittar e a defesa que este faz de aproximação com o PMDB.
Judicialização X Criminalização
Quem passou pela redação de AGazeta.Net foi o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT/AC). Analisou a política nacional. Foi categórico em dizer que a crise política é de tal monta que as principais personagens do Congresso permitem que a Política seja criminalizada e não apenas judicializada.
Solução
O senador Gladson Cameli (PP) tomou uma atitude radical para melhorar a situação política do país: o nobre senador acriano distribuiu farinha de Cruzeiro do Sul e biscoito de goma para os colegas, enquanto a Polícia Federal vasculhava a Câmara dos Deputados em busca de provas contra Eduardo Cunha (PMDB). Com um aliado desses…
Solução II
A “ação” do parlamentar acriano virou piada nos corredores do Congresso. Segundo jornalistas que cobrem política em Brasília, a pergunta nos bastidores do Congresso era se Cameli pretende resolver os graves problemas do Acre, caso seja eleito governador, como pretende, com farinha e biscoito.
Isolado
Aquele candidato que só aparece no estado em época de campanha está cada vez mais isolado. Até dentro do próprio partido dele. O cidadão que é unanimidade entre os jornalistas políticos do Acre (todos contra) está a um passo de ter todos os correligionários contra ele. Afirmam que a permanência dele no ninho está mesmo com os dias contados.
Isolado II
Fonte da coluna garante que a ojeriza do partido ao “estrangeiro” tem por motivo alguns milhares de reais (do partido), gastos com combustível. Falam também em gastos com festas e SPA’s que o partido teve que bancar com a família aristocrata.
Fora
O deputado Daniel Zen (PT) ficou tão desgostoso de ser chamado de ruim de bola que se retirou definitivamente da pelada dos deputados, ao contrário de Jenilson Lopes (PCdoB), que mesmo considerado ruim de bola, permanece no jogo.
Recado
Com o lançamento da candidatura de Francineudo Costa pelo PSDB à prefeitura da Capital, o partido jogou um balde de água fria na pretensão do PMDB, que sonhava com os tucanos no palanque de Sinhasique. O fato também mostra o quanto as relações entre os dois maiores partidos de oposição estão estremecidas no Acre. O deputado Rocha (PSDB), que nunca engoliu a posição dúbia da peemedebista, ficou de orelha em pé com a manifestação dela sobre a agressão sofrida por ele no confronto com a militância petista, na inauguração do Dom Porquito.
Evidências
O lançamento da pré-candidatura (que não é definitiva, uma vez que dois outros nomes estão na agulha) serviu para mostrar quem tem força no ninho tucano. Marcio Bittar defendia o apoio ao PMDB. Rocha deu um xeque mate. Levou com ele as executivas estadual e municipal para referendar o lançamento da pré-candidatura de Francineudo, tirando Bittar de tempo.
Candidato
Não se enganem. Dificilmente Francineudo Costa será o candidato do PSDB à Prefeitura de Rio Branco. Telefonemas trocados durante a coletiva de apresentação de Francineudo comprovam que o partido busca outra alternativa. O nome de dois jornalistas está na agulha. Aguardem.
Eleição
A eleição do ano que vem deve trazer algumas surpresas. Nos bairros, grupos já se movimentam com ações “solidárias”, em que quem aparece nas fotos é sempre o mesmo personagem. Curiosamente um ex-candidato…
Arrepios
O modelo francamente neoliberal do governador Marconi Perillo (GO), mitificado pelos tucanos do Acre, está provocando arrepios de medo nos setores mais progressistas. O modelo de privatizações em áreas essenciais como a Saúde e a Educação também está deixando a população mais carente com a pulga atrás da orelha. Melhor não levarem essas propostas para a periferia. Vão levar peia!
Era missionária
A rediviva ex-deputada Antônia Lúcia é a fênix da política local. Sempre que acham que acabaram com ela, ela retorna das cinzas para desespero de seus adversários. Amanhã, ela reúne a imprensa para um bate papo sobre política.