A recém nascida, ou melhor, recém registrada Frente Alternativa, não confia muito em dois dos seus deputados. Ela não descarta a possibilidade de André da Droga Vale e Josa da Farmácia serem cooptados pelo Governo do Estado.

Espatifou

Inabilidade política espatifa a FPA. As tentativas de intervenção do PT no PSDC e PDT e a de expulsar o deputado Alan Rick (PRB), da Frente Popular, levaram ao endurecimento das relações dos partidos nanicos com o Governo do Estado. Está criada a Frente Alternativa na Assembleia Legislativa, composta por 7 deputados e 6 partidos. Péssima hora para o governo perder aliados! Justo quando em âmbito nacional o PT vai a pique. Vai entender essas lideranças…

Espatifou II

O Tião espalha e o Jorge junta. Enquanto o governador Tião Viana e sua equipe metem os pés pelas mãos e botam (até) os aliados pra correr, o irmão dele, senador Jorge Viana, busca a todo custo evitar a catástrofe. Jorge pede calma e marca conversas para tentar evitar o pior- ou seja, perder aliados na hora mais crítica do partido e da própria administração estadual.

Perde aqui…

A recém nascida, ou melhor recém registrada Frente Alternativa, não confia muito em dois dos seus deputados. Ela não descarta a possibilidade de André da Droga Vale e Josa da Farmácia serem cooptados pelo Governo do Estado. Acham que os dois não resistem a um “apertão”.

Ganha ali

Em compensação a aproximação com o PCdoB, está sendo muito bem vista pelo grupo. A adesão do deputado Jenilson Lópes à Frente Alternativa está sendo aguardada para breve. Jenilson integra a ala do PCdoB que não concorda muito com a política adotada pelo “comandante” Edvaldo Magalhães. A decisão parece que está marcada para o próximo dia 2.

PCdoB

Mas, a ala de apoio ao “comandante”, está firme e forte com ele e afirma que apesar de acusarem as atitudes dele de entreguistas e o responsabilizarem pela quase extinção do PCdoB no Acre, o partido tem mais de 500 cargos nesse governo, enquanto os nanicos juntos não chegam a 10% desse total.

Grampo

Muito grave essa acusação que todos os deputados estaduais estão com os telefones grampeados. Até mesmo os parlamentares da bancada de sustentação do governo. Valha-me! Isso é que é desconfiança.

Azedou

Mesmo que a Frente Alternativa não rompa com a FPA, a dificuldade de relacionamento está estabelecida na Aleac. A relação dos deputados Eber Machado (PSDC) e Daniel Zen (PT) dificilmente será a mesma depois dos últimos acontecimentos. Zen acusa Eber de mentiroso e Eber responde que não tem mais respeito pelo líder. Por pouco não foram às vias de fato. Tenso.

Sucupira

Já foi dito neste espaço que o escritor Dias Gomes errou de lugar ao brindar o Brasil com as peripécias de Odorico. Se o dramaturgo tivesse conhecido o Acre…

Sucupira II

A fotografia do governador do Estado ironizando, junto com o presidente do PT do Acre, a criação da Frente Parlamentar Alternativa, não é a cara do Acre? E pior: propagandeada pelo próprio porta-voz do governo. E ainda sorriem!

“Vai lá!”

O líder do PT na Aleac, Lourival Marques, foi outro que deu provas (para usar um eufemismo) de pouca humildade. “Vai lá na Mesa Diretora e formaliza a criação da Frente”, disse, rindo. “Vai lá, vai”. Pelo desafio proposto do líder petista, a formalização do grupo é indicativo ruim para a base aliada.

Lógica x Coerência

Mas, uma verdade seja dita. A postura arrogante do oficialato é sustentada por uma lógica: cargos. Se os deputados dos partidos “nanicos” têm, de fato, tão poucos cargos como se diz nos bastidores, então seria coerente que esses cargos ficassem à disposição do Palácio Rio Branco novamente. Não precisa nem desenhar para se entender, de tão simples.

Matemática

Com a rebeldia dos “nanicos”, com quantos partidos fica a Frente Popular do Acre? Continua com 14? Fica com 8? Em algumas votações, vota com o Governo em outras com a oposição?

E o eleitor?

E o eleitor, esse bicho estranho em anos não eleitorais? Que impressões ele tem disso tudo? Como diria o jornalista esportivo do programa Fantástico… “sabe o que isso significa?” Nada. O eleitor acriano, de tão maltratado e dependente do poder público, ele coloca isso tudo em um mesmo paneiro. No Acre, a miséria e a pobreza ainda vão blindar por muito tempo a prática política desqualificada.

Inadimplência

A inadimplência no Acre aumentou 58%, calculou o Sistema de Proteção ao Crédito. Os números se referem ao mês de agosto, comparado ao mesmo período do ano passado. “Os comerciantes de alguns setores estão vendo todos os dias as lojas vazias, e já começaram a demitir funcionários”, informou o presidente da Associação Comercial do Acre, Jurilande Aragão.

Marcus Alexandre

Recuperação de nove escolas, construção das creches prometidas em campanha, construção do mercado do peixe, drenagem e urbanização do São Francisco e Capoeira fazem parte da agenda do prefeito Marcus Alexandre na peregrinação pelos ministérios em Brasília.

Marcus Alexandre II

O prefeito de Rio Branco sabe que muitas das obras comprometidas colocam em xeque interesses eleitorais. E a situação só não é mais dramática para Alexandre devido à parceria direta que mantém com o Governo do Acre.

Incra

Além de passar, há tempos, por uma crise de identidade (diga rápido, leitor: quem é o atual superintendente do Incra?), o órgão está no limite do sucateamento: na semana passada, além da falta de energia elétrica (sem ter sido durante o apagão), não havia internet para os servidores. O Incra no Acre está às escuras.

Foto: Eduardo Silva

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