“A sua excelência, o eleitor”, tem lá a sua lógica e não há beicinho que dê jeito. Não adianta a auto comiseração do tipo: “Oh! Meu Deus! O povo é muito ingrato! Como não reconhecer o meu esforço!”.

2º turno

Como era de esperar, dado o equilíbrio apresentado nas pesquisas de intenção de voto, realizadas durante toda a campanha, o nome do governador que comandará o Acre nos próximos quatro anos será definido no segundo turno.

Governador

Mesmo mantendo a dianteira durante todo o processo eleitoral, Tião Viana (PT) não conseguiu reeleger-se no primeiro turno. Ele teve uma votação de 193.253 mil, 49,73%.

Disfarce

Quem participou da entrevista coletiva no escritório de campanha da Frente Popular testemunhou. O governador Tião Viana até que tentou disfarçar, mas o clima era de velório e tristeza. Falou-se em “humildade”, “respeito à vontade do eleitor” etc etc. Mas…

Disfarce II

… mas, o que se calculava com régua e compasso oficiais era a vitória no primeiro turno. Outra disputa tem um desgaste que não se esperava. Aliás, as pesquisas que apontavam segundo turno eram vista com desdém; como coisa de gente que “não quer ver o Acre crescer”. Diziam os assessores. “Os nossos números são bem outros!” Então, tá.

Disfarce III

Quem não conseguia enganar era o senador Jorge Viana. Inquieto, calculava em pensamento explicações sobre o desempenho de Dilma no Acre: o incômodo terceiro lugar não facilita as coisas.

Sua excelência

Como diria Ulisses Guimarães, “a sua excelência, o eleitor”, tem lá a sua lógica e não há beicinho que dê jeito. Não adianta a auto comiseração do tipo: “Oh! Meu Deus! O povo é muito ingrato! Como não reconhecer o meu esforço!”.

Marcio Bittar

O tucano Marcio Bittar obteve 116.948 mil votos válidos (30,1%) e irá disputar o segundo turno com o atual governador.

Tião Bocalom

O democrata Tião Bocalom amargou a terceira colocação e obteve apenas 76.218 votos, representando 19,61% dos votos válidos.

Vitória do Gladson

Para o Senado da República, confirmou-se o que vinha sendo divulgado pelas pesquisas. O candidato pela coligação Aliança Por Um Acre Melhor, Gladson Cameli (PP), saiu vitorioso.

Atropelou a concorrência

Massacrado durante toda campanha pelos principais nomes da FPA, Gladson Cameli superou as investidas do senador Jorge Viana (PT), do prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT) e de sua adversária direta, Perpétua Almeida (PCdoB) que tentaram, de todas as formas, desqualifica-lo.

Números

Gladson Cameli obteve 58,37%, seguido de Perpétua Almeida, 36,46%, Roberto Duarte (PMN), com 4,57% e Professor Fortunato (PSOL) com 0,60%.

Renovação na Aleac

A grande surpresa desta eleição fica por conta da votação ao parlamento estadual. Para a próxima legislatura a Aleac terá 19 novos deputados estaduais.

Somente cinco

Dos quinze deputados que concorriam à reeleição apenas cinco conseguiram sair vitoriosos.

Mais votado da Aleac

O deputado estadual Ney Amorim (PT) conseguiu chegar ao seu terceiro mandato como o mais bem votado na disputa pelas cadeiras do Poder Legislativo Estadual. Amorim fechou a apuração com 10.213 mil votos.

Surpresa

Outra surpresa do pleito foi a eleição do cruzeirense Josa da Famácia (PTN) que chegará à Aleac credenciado pelos quase sete mil votos que recebeu. O nanico PTN elegeu ainda Raimundinho da Saúde.

De fora

A próxima legislatura não contará com medalhões da política estadual, como Elson Santiago (PEN), dono de sete mandatos, Chico Viga (PTB), Toinha Vieira (PSDB) e Astério Moreira (PEN).

Sai fortalecido

Em relação à Assembleia Legislativa do Acre, o PT foi o partido que saiu mais fortalecido neste pleito de 2014. Contrariando todas as previsões que afirmavam que o PT faria apenas três parlamentares, após este domingo, o partido passa a ter cinco representantes na Aleac.

Derrotado

O maior partido derrotado nas eleições de 2014 é, sem sombra de dúvida, o PCdoB. Embora tenha feito um deputado estadual, o partido perdeu o mandato de figuras como Moisés Diniz, Eduardo Farias e Perpétua Almeida.

Derrotado II

O Partido Ecológico Nacional também foi um dos mais derrotados. Tinha seis parlamentares e não reelegeu nenhum, incluindo o líder do Governo na Aleac, Astério Moreira.

Caiu feio

Entre os derrotados do PEN, o destaque vai para o deputado Jamyl Asfury que, antes mesmo de ser reeleito, já saiu por aí falando que seria o novo presidente da Aleac. O humilde parlamentar tentou dar um passo maior do que a perna e caiu feio.

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