Fundo Partidário
O jornal O Globo desancou o Fundo Partidário na edição desta segunda-feira. A verba destinada à manutenção de partidos políticos há muito incomoda os trabalhadores do Brasil, de onde sai o dinheiro para tudo no país. A revolta aumentou ainda mais, ao tomarem conhecimento que o Fundo é usado para fins nada nobres, como aquisição de garrafas de vinho.
Fundo Partidário II
Esse fundo foi criado em 1965, quando a ditadura militar completava um ano de existência e o país tinha apenas dois partidos: MDB (Partido do “Sim!”) e Arena (Partido do “Sim, Senhor!”). Em qualquer país do mundo, tal verba para manter mais de 30 partidos, seria impensável!
Espocou no Acre
Pois a tal reportagem, exemplificando o mau uso do Fundo Partidário, nomina ninguém mais que Gladson Cameli (PP). D acordo com a reportagem, o presidente do PP do Acre contratou uma pesquisa (com dinheiro do Fundo Partidário) pelo preço de R$ 120 mil, para aferir a popularidade da presidente afastada, Dilma Rousseff. Cameli é o único político de todo o país a ter o nome citado na reportagem. Fama triste!
Coisa de cor
Fonte da coluna garante que o prefeito Marcus Alexandre não vai usar a tradicional cor vermelha na campanha pela reeleição. Temendo a rejeição ao PT, o prefeito optou pelas cores laranja e branco. Gaiato de plantão alerta que o próximo passo será mudar o número. Largar o 13… rs
Milionário…
A declaração de bens do candidato do PMDB à prefeitura de Cruzeiro do Sul vem causando furor. Diz ele que possui um patrimônio de R$ 28 milhões. Tem gente achando que o rapaz se confundiu nos zeros. Nem o patrimônio deixado pelo pai dele, Hildefonso Cordeiro, atingia essa cifra.
… e José Rico
Um patrimônio de R$ 28 milhões tornaria Ilderley Cordeiro, não um dos mais ricos do Acre, mas um dos candidatos mais ricos do Brasil. Ocorre que ainda está fresca na memória da população do Juruá, a declaração do prefeito Wagner Sales (PMDB), que Ilderley não tinha condições de administrar o município porque não tinha nem conseguido evitar a falência, mesmo com a herança deixada pelo pai. Por essas e outras, a população de Cruzeiro do Sul afirma que o candidato sofre de uma deficiência cognitiva numérica.
Cabo
A morte do Cabo Alexandro, da Polícia Militar do Acre, é preciso ser observada não como um episódio isolado, mas como um assassinato em meio a um cenário de absoluta violência. E “violência” aqui não é aquela escrita apenas com sangue.
Cabo II
Desde o envolvimento de gestores públicos em esquemas de venda de casas populares, passando pela falta de saneamento básico e explodindo na miséria, tudo isso é violência. A falta de perspectiva dos jovens acrianos também é violência; o alto consumo de droga é outro tipo de violência. Pois eis que o trabalho dos policiais permeia tudo isso. Quando um policial tenta fazer o trabalho nas ruas, tudo isso está em jogo.
Sociologia de buteco
É claro que a observação mais apressada transforma qualquer coisa além do efetivo trabalho policial em “sociologia de buteco”. Evidente que a rotina de um policial é, sim, recheada de problemas mais simples e imediatos: revista suspeito, prende suspeito, imobiliza suspeito, persegue (ou “acompanha”, como querem os manuais), atira, corre, pula, prende. Esse é o dia a dia. É o normal. Mas, o que não está dito nessa rotina é que existem enormes falhas da gestão pública que torna o trabalho policial muito mais arriscado do que já normalmente é.
Cuidado
E é preciso ter cuidado com “especulações” rápidas do tipo: “se fosse em Tal lugar os policiais teriam matado no local mesmo”. Esse tipo de raciocínio, além de perigoso, não resolve nenhum tipo de problema. Ao contrário.
Calma
Alexandro Aparecido dos Santos, o Cabo Alexandro, tinha apenas 37 anos. Morreu com um tiro no pescoço na manhã desta segunda-feira durante uma abordagem feita a um grupo de jovens no bairro Novo Horizonte. Os possíveis erros técnicos falam muito pouco agora. É preciso que o comando da PM tenha liderança suficiente para acalmar os ânimos. Em momentos extremos como este sempre há os que (dentro da corporação) alimentam “ações paralelas”. O Acre já conhece essa história e sabe que isso não termina bem. Nunca.
Comando
Resta saber se o comandante Júlio César terá esse pulso.
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