É preciso ter cautela ao tentar sugerir que o BNDES Per será a salvação da lavoura para a economia regional. Não se trata de ter “dinheiro no balde”, usando uma expressão bem acriana.

BNDES Per

É preciso ter cautela ao tentar sugerir que o BNDES Per será a salvação da lavoura para a economia regional. Não se trata de ter “dinheiro no balde”, usando uma expressão bem acriana.

BNDES Per II

O governo está fazendo a parte dele ao contribuir com a articulação feita pela iniciativa privada no início de março deste ano. Na ocasião, o presidente da Acisa, Jurilande Aragão, e o empresário George Pinheiro conversaram com um dos diretores do banco, Maurício Borges Lemos. Reunião, inclusive, mediada pelo vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT/AC).

Dilma

À época, foi dito pelo diretor Maurício Lemos que uma demanda para atender à seriedade do caso do Acre “deveria passar pela mesa da presidente Dilma”. Passou. Nesse nível, a articulação do Gabinete Civil do Governo do Acre junto ao Planalto foi fundamental para possibilitar a abertura da linha de crédito em tempos de Levy no comando da Fazenda. Foi uma decisão eminentemente política.

É assim mesmo

Praticamente dois meses depois, o banco anuncia a possibilidade de injeção de R$ 300 milhões. É uma possibilidade. Às empresas, cabe agora, a formulação de projetos oferecendo aos bancos as garantias de praxe. Há uma burocracia a ser respeitada. Afinal de contas, trata-se de uma instituição financeira pública. É dinheiro público. Há ritos a serem respeitados.

Calma

Em 2012, em outra grande cheia, foram 1.011 empresas locais beneficiadas pelo BNDES Per no Acre. Todo empresário de bom senso observa com simpatia um dinheiro tão barato: a menor taxa de juros do mercado; dois anos de carência e prazo de até 10 anos para pagar.

E os pequenos?

Outra cautela nas críticas: o BNDES Per beneficia qualquer empresa? Não. Somente empresas com receita bruta ou renda anual de, no mínimo, R$ 90 milhões. “Ah! Então, isso é feito só para beneficiar quem não precisa!”, reclamam alguns críticos. Mas, o programa BNDES Per usa esse critério. Ponto. Aos pequenos, há outras linhas de crédito em outras instituições públicas.

E os pequenos? II

O BNDES é um banco; precisa ter sustentabilidade e segurança ao dinheiro que generosamente empresa na tentativa de criar um ambiente econômico dinâmico. No curto prazo, o aquecimento da economia encontra respostas mais rápidas nas médias e grandes empresas. Não se trata de ideologia. É matemática.

Só para reforçar

Repete-se: quem é pequeno empresário (ou micro; ou até micro empreendedor individual) pode acessar outras linhas de crédito. Com Joaquim Levy o acesso está mais restrito? Sem dúvida. Mas, que há possibilidade, há.

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