“Eu sou o Eduardo Cunha do Acre”. A frase foi proferida pela deputada Eliane Sinhasique (PMDB), no salão nobre da Assembleia Legislativa.

Decepção

O deputado Gehlen Diniz (PP) foi o primeiro político de oposição do Acre a manifestar decepção com o vice presidente Michel Temer (PMDB). Gehlen, que sempre foi o mais ardoroso defensor do impeachment da presidente Dilma, criticou hoje as escolhas de Temer. Segundo o deputado, o vice e quase presidente está escolhendo para os ministérios pessoas envolvidas na Lava Jato.

Decepção II

Para os que pensam estar combatendo a corrupção ao apoiarem o impeachment, vai ser difícil engolir acusados de corrupção assumir os principais cargos do país. Que o diga o deputado Gehlen Diniz!

Cunha do Acre

“Eu sou o Eduardo Cunha do Acre”. A frase foi proferida pela deputada Eliane Sinhasique (PMDB), no salão nobre da Assembleia Legislativa. Ao se dar conta do potencial da afirmação, Sinhasique emendou: “No conhecimento do Regimento Interno”. Nem de longe, ninguém quer se comparar ao Cunha (PMDB), nem os políticos do partido dele!

Atravessado

Discurso do deputado Jesus Sérgio (PDT), dizendo que alguns deputados do Acre em Brasília estão tentando inviabilizar a liberação dos R$ 230 milhões para a recuperação da BR, pode até não ser, mas soou como uma tentativa de desviar o foco das atenções das mortes na maternidade.

Atravessado II

Depois do pronunciamento de Jesus Sérgio (PDT), os deputados da base de sustentação se revezaram na tribuna para falar sobre a estrada. Mas, a oposição ignorou a casca de banana e continuou cobrando a instalação da Comissão de Sindicância e a CPI.

Injustiça

Sobre essa situação das mortes dos bebês na Maternidade Bárbara Heliodora, o governador Tião Viana quebrou o silêncio de uma forma completamente equivocada. O equívoco não reside no fato de ele sair em defesa da equipe do hospital. Estranho seria se ele não defendesse.

Injustiça II

O equívoco reside em uma sutileza. Depois de fazer a defesa da equipe do hospital, de tentar argumentar com a velha e nada convincente lógica do “vocês se lembram como era e como está”, eis que vem a pérola: “… se vocês  [referindo-se ao repórter/imprensa] fizerem essa comparação, verão que estão cometendo uma grande injustiça”.

Injustiça III

Escolher a imprensa como alvo para tentar justificar erros de gestão é que não é nada justo e nem lógico. Seria o mesmo que culpar o termômetro pela febre. Não é justo porque não é a imprensa que deixa de admitir servidores da saúde aprovados em concurso público; não é justo porque não é a imprensa que deixa equipamentos de tratamento contra o câncer quebrados por meses e meses, comprometendo a vida de muitos usuários; não é justo porque não é a imprensa que deixa de cumprir ordem da Justiça para que cidadão tenha acesso a medicamentos; não é justo porque não é a imprensa que não explica aos pais qual o motivo do filho, querendo sair do ventre, ficar apertado nas entranhas da mãe por dois dias até morrer. Não há lógica na fala do governador porque não é a imprensa a responsável pela gestão pública.

Favor?

Se o acriano for ficar nessa de “lembra como era?”, daqui a pouco o Palácio Rio Branco vai querer que o servidor agradeça ao Governo o pagamento do salário em dia. A concepção da equipe de governo é tão equivocada que alguns frequentadores do paço querem obrigar o cidadão a entender como um favor, uma caridade, direitos previstos em lei.

“Veja o Rio…”

Aí, os palacianos já têm na ponta da língua [calma, leitor incrédulo, não se trata de cuspe] o argumento “Veja o Rio de Janeiro…!” É de lascar.

Dois exemplos

Nesta quarta-feira, empresa de transporte de pacientes do TFD que atua na linha Cruzeiro do Sul/Capital anunciou a suspenção da prestação de serviço. Motivo? Falta de pagamento. É injusto noticiar isto? Ou algum assessor vai perguntar “lembra como era nos passado quando o paciente era transportado em rede?” Segundo exemplo: o mesmo drama da empresa de aviação se estende para a funerária que presta serviço ao Governo do Acre. Já já deixará de prestar o serviço também.

Sugestões, críticas e informações quentinhasdaredacao@gmail.com

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