Dada a largada
Parlamentares transformaram a tribuna da Assembleia Legislativa em palanque eleitoral, nesta terça feira. Deputados candidatos, com familiares candidatos ou apenas com interesse eleitoral, confundiram as funções… mais uma vez!
Embaraço
Pronunciamento do deputado Gehlen Diniz (PP), chamando o rapaz acusado de matar um policial durante uma abordagem ontem, de “marginal”, “bandido” e outros adjetivos similares provocou constrangimento. O pai do acusado é da Polícia Legislativa e assistiu ao pronunciamento.
Conversa de bêbado…
E, por falar em Gehlen Diniz, está cada vez mais estranha a desculpa do deputado para não entrar com o prometido e ameaçado mandado de segurança para instalar na marra a CPI da Sehab. O parlamentar afirma que enquanto a Mesa Diretora não publicar o resultado da votação em plenário, não pode acionar a Justiça.
Pra delegado
Mas, o presidente do Legislativo, Ney Amorim (PT), afirma que o resultado publicado foi entregue na mão de Gehlen. Esse labirinto se mostra cada vez mais sem saída, uma vez que segundo advogados, a própria ausência de publicação poderia ser o fato gerador do mandado de segurança. O que terá levado Gehlen a desistir da CPI? Desistiu e não assume? A história tem um certo cheiro de chantagem…
Enrolation
A lei estabelece que o prazo para dar entrada num mandado de segurança é de 120 dias após o fato. Passado esse prazo, não cabe mais um mandado de segurança. O deputado Gehlen Diniz é advogado. Conhece a Lei. Pelas contas da imprensa política, já se vão 60 dias, metade do prazo e Diniz continua justificando que precisa da publicação. Estranho, não?
Escolado
Escolado e escaldado, o deputado Luiz Gonzaga (PSDB) não vai aguardar a publicação de ato nenhum. Se a Mesa Diretora demorar, ele vai usar a gravação da sessão para acionar a Justiça e garantir a CPI da BR, via mandado de segurança. O tucano não é do brinca!
Polícia
As imagens do vídeo da abordagem policial que culminou com a morte do Cabo Alexandro Aparecido dos Santos deixa pouca margem para dúvidas. Houve falha. Quais, pontualmente, e quem são os responsáveis por elas são assuntos para especialistas.
Polícia II
Para um observador leigo o que fica evidente é o que as imagens mostram: três policiais se esforçando para imobilizar um rapaz.
Polícia III
A coluna se solidariza nesse momento de perda com a família do policial. Mas, no entanto, não pode deixar de cobrar da corporação e do Governo do Estado explicações sobre o ocorrido. É preciso que alguém responda pelo episódio.
Fortaleza?
O que não é possível é o comandante da Polícia Militar do Acre vir a público dizer que o episódio “nos fortalece” [fazendo referência à corporação]. Como assim? O episódio deveria servir para o comando rever estratégia de trabalho, intensificar horas de treinos dos policiais que efetivamente se expõem prendendo bandidos. Há relatos de policiais com cinco anos de trabalho e que foi para os stands de tiro apenas cinco vezes.
Responsabilidade
Policial é uma profissão de risco. Ninguém veste uma farda iludido. Isso é uma situação. Outra bem diferente é disponibilizar à comunidade policiais sem preparo adequado. A qualidade do serviço cai: perde o cidadão e arrisca-se mais ainda o policial.
Responsabilidade II
É urgente a necessidade de o comando da PM mostrar capacidade de gestão e liderança. Duas ausências muito sentidas na rotina da PM do Acre há algum tempo. O clima entre os praças é de revolta e de reação. Essa instabilidade não é boa. Ao contrário, é perigosa. E perigosa para todos.
Imprensa
Com todos os erros e problemas da imprensa local, é preciso que o comando da PM entenda que a imprensa que se tem é a que está aí. Assim como a imprensa tem a plena compreensão de que a polícia que se tem é a que está aí. Não adianta querer boicotar informações. Em cenários de crise, nada melhor do que informar bem (de forma correta) e rápido.
PCB
Eis que ressurge das cinzas o Partido Comunista Brasileiro (PCB). O Partidão vai ter um núcleo aqui no Acre. Na próxima quinta-feira (18), um representante da direção nacional formaliza o anúncio em solenidade na Assembleia Legislativa. É a busca “de uma proposta diferente do que está aí”, diz um simpatizante.
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