O ilustre desconhecido parlamentar agiu como dono do clube: ordenou que os “funcionários” pegassem da faixa e espalhassem democracia no gramado. Além de patética, a conduta é mentirosa porque não espelha a vontade do torcedor. Longe disso.

O problema é outro

Não tem problema misturar esporte e política. A literatura que trata dessa relação é farta em todo o mundo. No Brasil, o maior exemplo, talvez, esteja no Corinthians. A “Democracia Corinthiana” foi um movimento essencialmente político e é sempre uma referência a ser lembrada.

Estrelinha

Qual a diferença de um movimento genuinamente político com o que aconteceu ontem no Arena da Floresta? Ontem, a faixa que dizia ser a favor da democracia não é resultado de uma vontade coletiva; não é fruto de um “movimento”. É reflexo da vontade de uma pessoa, o presidente do clube, deputado estadual e líder do PT, Lourival Marques.

Estrelinha II

O ilustre desconhecido parlamentar agiu como dono do clube: ordenou que os “funcionários” pegassem da faixa e espalhassem democracia no gramado. Além de patética, a conduta é mentirosa porque não espelha a vontade do torcedor. Longe disso.

Quer mesmo?

A coluna reforça: não há problema em misturar política e esporte. A falsidade da faixa reside na ausência do debate político dentro do clube. Ou, a partir de ontem, a direção do Rio Branco passou a aceitar o debate sobre política, incluindo aí a política partidária? Se essa vontade de discutir política por parte do presidente do clube for do tamanho da qualidade do mandato que o presidente do clube executa na Aleac, a faixa deveria vir em branco. Seria uma faixa nula, que não diz nada.

A favor de quem?

A frase exposta é genérica. Não diz nada. Quem calculou, apertou os “bilotos” errados.

Recalculando

No mundo real, os dramas são outros. A Secretaria de Estado de Fazenda, o órgão do Governo que sente no cofre as estripulias das danações “políticas”, já está refazendo os cálculos em relação ao ICMS. Na peça orçamentária de 2016, votada na Aleac ano passado, havia uma estimativa de arrecadação de ICMS em torno de R$ 1 bilhão.

Recalculando II

Em maio será feita uma revisão dessa estimativa e elaboração de uma nova meta de arrecadação. O novo cálculo é motivado por um único problema: o comércio local está falindo… está fechando as portas. A Junta Comercial já fez as contas e disse algo em torno de 1,3 mil empresas fechadas ano passado.

Outro número

Um grande empresário (para os padrões regionais) e integrante de círculos comerciais restritos, ao ser lembrado desse número da Junceac, franziu o cenho, fez uma careta discreta e abarcou. “Que nada! De uns tempos pra cá, já chega a 5 mil!” Eita!

A um passo

O cenário está tão dramático que os problemas vividos pelo governo do Estado do Rio de Janeiro já se avizinham.

Espelho

Nessas horas que se percebe como o discurso do Acre “potência econômica” vira lama. Até a agenda do governador começa a espelhar a timidez da economia regional. E ficou no passado aquele frenesi de exposição midiática segurando espigas de milho, melancias e sacos de semente. A realidade, às vezes, é um espelho sem graça nenhuma.

Sugestões, críticas e informações quentinhasdaredacao@gmail.com

Foto de ilustração: Cedida

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