El capo
Para quem conhece o “modus operandi” de Renan Calheiros (PMDB), não foi surpresa nenhuma o resultado da votação no STF, quando a maioria dos ministros optou por contrariar a decisão do ministro Marco Aurélio e manter Renan na presidência do Senado. Todos imaginam o tamanho da pressão a que foram submetidos os ministros. Nos bastidores, em Brasília, o comentário é que Renan é especialista em dossiês!
Linhas tortas
Embora por linhas tortas, a decisão teve o poder de assegurar por mais um tempo, nossa frágil democracia. Afinal, vamos e venhamos era muita petulância o poder que, apesar de independente, é de certa forma submetido ao plenário do Senado, que decide quem vai para lá, quem fica e até pelo impeachment de ministro do STF, engrossar o pescoço a ponto de querer destituir o presidente do Senado, quando até para ser processado, um senador tem que ter a autorização votada no plenário do Senado!
Ri Ri Ri
E ainda por cima, salvaram a pele do senador Jorge Viana (PT), que estava tão tenso que dava choque a dois metros de distância. Posição de estadista de Jorge Viana, o caramba! Ele fez foi se safar. No que, aliás, está muito certo. Nada pior que um bando de promotores e procuradores irados em cima do nosso candidato à reeleição!
Senado unido
E, pela primeira vez, os três senadores do Acre, votaram juntos e defenderam a mesma causa. Nossos três mosqueteiros assinaram o documento da Mesa Diretora do Senado, endossando a “desobediência” ao STF. Em seguida, Jorge Viana (PT) ficou ajudando Renan Calheiros (PMDB) a segurar a peteca, enquanto Gladson Cameli (PP) e Sérgio Petecão (PSD) foram desestressar juntos em Nova York.
Fortalecido
Mas, o senador petista saiu fortalecido desse imbróglio lá em Brasília. Cá na terrinha, não se sabe como será a reação. Embora o principal adversário dele esteja em lua de mel com uma igreja de muitos fiéis. São muitas ovelhas seguindo um só pastor, que está com o adversário. Quem viver verá!
Fortalecido II
Outro que se fortaleceu politicamente nos últimos dias foi o coronel Ulisses. Foi o tal bicudo que o PT criou para que depois lhe comesse os olhos. De olho numa vaga na Assembleia Legislativa do Estado por um partido de oposição, Cel. Ulisses, não poupa esforços, não tem limites, nem medo do ridículo. Essa de entregar o cargo “para ficar ao lado da tropa” foi de uma demagogia absurda. Mas, a tropa gostou! O coronel não é novidade na política acreana. Alguns o comparam a Wherles Rocha (PSDB), outros a Hildebrando Pascoal…
Parte
Parte da tropa, no entanto, vibra com as peripécias do moçoilo. É uma vibração mais voltada ao Palácio Rio Branco do que de apoio político do ex-subcomandante. A lógica é mais ou menos a seguinte: “Bem feito ao governo! Manteve Ulysses dois anos fazendo cursos nos Estados Unidos, deu uma série de regalias e hoje está aí, recebendo essa afronta como paga”. Como diriam os avós de outros tempos: o governo criou a cobra que lhe picou.
Oração
A imagem de Ulysses ajoelhado em frente ao quartel geral é de uma demagogia sem limites. Fora o mau gosto, o populismo já aponta como será o provável mandato de deputado estadual que ele deseja.
Pergunta
Ulysses Araújo ajoelhado e participando de manifestação em frente ao quartel… ele não deveria estar trabalhando? Ou estava de folga? “Pode isso, Arnaldo?”
Centro Administrativo
Quando se fala a respeito da falta de rumo na gestão estadual… esse projeto do Centro Administrativo! Como apresentar um projeto de R$ 280 milhões em uma hora dessas? E o pior é que lobista de empresa não tem o menor pudor em ir à Aleac e expor o próprio governo. Tá espatifado mesmo!
Mudança
Essa ideia de mudar a administração pública para a região onde hoje está a Cidade da Justiça é um projeto antigo. Se a memória do escriba não falha, algo em torno de 20 anos. O problema é fazer isso em um momento desses. É tão ridículo quanto os vereadores de Brasileia que aprovaram reajuste do próprio salário, do prefeito e do vice em 50%.
Repete-se
Essa coluna já falou, mas, pelo que se vê, é bom repetir: Governo e prefeituras precisam melhorar a gestão do que já está aí, da máquina pública do tamanho que está. Se fizer funcionar bem o que já existe, já é um feito e tanto.
Grandeza
Essa “mania de grandeza” ainda vai trazer mais problemas a essa gestão. A retórica é de milhões, enquanto o povo precisa de Bolsa Família para comer e a polícia fica atrás de jovens esquartejando uns aos outros.
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