Rodrigo Forneck, o candidato das estrelas, mostrou que é muito ruim de voto. Elegeu-se, sim, mas, com toda a estrutura estadual e municipal à disposição da campanha dele, era para ter sido o mais votado.

 

Nem tanto

 

Governador Tião Viana (PT) comemora a vitória do partido dele no primeiro turno na Capital. Esquece o mandatário que Marcus Alexandre fez uma campanha com a imagem mais descolada do PT quanto possível? Para conseguir essa proeza, o digníssimo prefeito mudou a cor da campanha, desfazendo-se do vermelho PT, botou pra correr os caciques da família Viana que nem apareceram na campanha e só não mudou o número porque não tinha mesmo como trocar o 13. Não nessa campanha, bem entendido.

 

Homem de 170 milhões

 

Em São Paulo, o PSDB também conseguiu a proeza de vencer no 1º turno, com seu candidato botox de R$ 170 milhões. Dória, dono de uma empresa off shore nas Ilhas Virgens Britânicas é o resultado do racha no ninho tucano e sinal que Alckmin dá um xeque mate em Aécio Neves, se cacifando para ser o candidato do PSDB à presidência da República.

 

Força

 

Aliás, Alckmin peitou nada menos que Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves (presidente do partido) e José Serra, que não simpatizavam com a candidatura Dória. Pois o governador Alckmin bancou o moçoilo e deu certo.

 

Apesar…

 

Apesar de haver um estranhamento na eleição paulistana: os votos brancos, nulos e abstenções somam 15 mil votos além da performance do futuro prefeito nas urnas. Coisas da democracia.

 

Demonstração de poder

 

Governador Tião Viana sai dessa eleição fortalecido e mostra que é o maior cacique do PT no Acre. Impôs a candidatura de Socorro Néri, contrariando todo mundo, e Marcus Alexandre se elegeu no 1º turno. Ressuscitou Bené Damasceno e o elegeu prefeito de Porto Acre, quando o PT queria Zé Maria. Em Cruzeiro do Sul, colocou a mão sobre a desconhecida delegada Carla Brito (PSB) e esta teve mais votos que Henrique Afonso (PSDB).

 

Demonstração de poder II

 

Outros que podem comemorar são os deputados Heitor Júnior e Jamil Asfury (PDT), Raimundinho da Saúde (PTN), Juliana Rodrigues (PRB) e Jonas Lima e Leila Galvão (PT): Heitor elegeu a própria mulher, uma ilustre desconhecida; Raimundinho elegeu o irmão; Juliana reelegeu seu vereador-pastor; Jonas elegeu o irmão prefeito e Leila, a mais forte do grupo, elegeu os prefeitos de Brasileia e Xapuri. Esse poder todo terá reflexos na eleição de 2018.

 

Demonstração de poder III

 

O grupo da deputada Juliana Rodrigues (PRB) sai fortalecido dessa eleição, na queda de braço com o deputado federal Alan Rick. Juliana e Diego Rodrigues (do Procon), jogaram todas as fichas no outro desafeto de Alan, Pastor Manoel Marcos e o reelegeram, apesar da ausência total de Alan, que é presidente do partido no Acre e preferiu apoiar a candidatura de piaba que morreu de inanição.

 

Humildade

 

Marcus Alexandre, Jorge Viana e Tião Viana. Esse trio, nos últimos tempos, tem abusado da palavra “humildade”. É um tal de “recebo essa vitória com muita humildade”; “temos que ter humildade nesse momento”; “a hora é de ter humildade” etc. etc. etc. Partindo da premissa de que quem é humilde não anuncia e nem avisa a necessidade de ser, as declarações soam retórica pura.

 

Humildade II

 

Essas declarações trazem algum conforto à meia dúzia de pessoas, mas, ao leitor, bicho que não se engana com facilidade, dá a impressão inversa. Uma espécie de humildade calculada, pronta a ser usada na próxima entrevista. Humildade, em política, é uma ideia muito subjetiva. Uma meia verdade, para não dizer que é uma mentira.

 

Ruim de voto

 

Rodrigo Forneck, o candidato das estrelas, mostrou que é muito ruim de voto. Elegeu-se, sim, mas, com toda a estrutura estadual e municipal à disposição da campanha dele (incluindo a imposição aos cargos comissionados de votarem nele), era para ter sido o mais votado. Mas, apesar da “força” recebida, ficou em mero 5º lugar. Atrás de Roberto Duarte (PMDB), Elzinha Mendonça (mulher de Heitor Júnior- PDT), Jackson Ramos (PT) e Raílson Correia (irmão de Raimundinho da Saúde- PTN).

 

Governo

 

Vitória de Marcus Alexandre (PT), no 1º turno, mexe e altera o tabuleiro político. O resultado da eleição o cacifa a disputar o governo em 2018 com grandes chances de vitória. Ney Amorim, tido até então como o candidato natural do PT para ocupar a função, deverá então ser deslocado para o Senado, apesar da ameaça sobre a reeleição de Jorge Viana (PT). Um outro candidato, apontado como forte, deve ficar pelo caminho dado seus gostos estranhos, como dançar de Carmen Miranda…

 

De Rocha

 

Wherles Rocha (PSDB) é considerado um dos grandes derrotados dessa eleição: apostou todas as fichas em Henrique Afonso que amargou um reles terceiro lugar. Perdeu em Sena Madureira para Mazinho Serafim (PMDB) e se igualou em número de prefeituras ao ressuscitado PCdoB. Uma situação complicada para a disputa de 2018.

 

Fora

 

Marcio Bittar PSDB) pode jogar a toalha. É figura indesejada dentro do partido dele (PSDB). Sua intenção de ser vice de Eliane Sinhasique (PMDB) não empolgou ninguém além do senador Sérgio Petecão (PSD) e, para jogar a pá de cal na vida política dele, o resultado da eleição mostra que não teve condições de eleger o filho. Apesar do esforço.

 

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