Surge uma peça nova no tabuleiro da disputa de 2018 para o Governo do Estado. O deputado César Messias (PSB) poderá ser o ungido para disputar o Governo do Estado pela FPA. César é considerado o único com condições de neutralizar Gladson Cameli (PP).

Tabuleiro

Surge uma peça nova no tabuleiro da disputa de 2018 para o Governo do Estado. O deputado César Messias (PSB) poderá ser o ungido para disputar o Governo do Estado pela FPA. César é considerado o único com condições de neutralizar Gladson Cameli (PP), parente dele. Além disso, o deputado mostrou força ao transformar a candidata dele a prefeita de Cruzeiro do Sul (Carla Brito), de ilustre desconhecida em segunda colocada na preferência popular.

Tabuleiro II

Além disso, Messias (PSB) tem a confiança do governador e dos outros caciques da FPA. Sem contar que está fechando um outro “favorzinho” que deve beneficiar outra liderança que precisa ser neutralizada. E, como todos sabem, política é uma via de mão dupla. Dá-se aqui para ganhar ali. Os próximos dias serão decisivos nessa nova composição.

Sem confiança

O senador Gladson Cameli (PP) ainda é o nome mais forte da oposição para disputar o Governo do Estado em 2018, apesar de não ter a confiança nem do partido dele. Cameli está pau a pau com o prefeito da Capital, Marcos Alexandre (PT), em Rio Branco e disparado no Vale do Juruá. Apesar de observado com olhares enviesados pelas lideranças dos outros partidos, Gladson acha que é “missão” dele ser governador.

Pau mandado

A deputada LeilaGalvão (PT) se equilibra na linha fina entre o cumprimento das ordens do Executivo e o fortalecimento de sua base eleitoral. Mas, precisa tomar cuidado para não esquecer das suas prioridades. A ida dela à Brasília foi muito mais para cumprir determinação da Casa Rosada do que para conseguir recursos para as prefeituras de Brasileia e Xapuri, apesar de ter levado a prefeita eleita Fernanda Hassem a reboque. Leila foi como embaixadora do Deracre que quer as obras de Brasileia, orçadas em R$ 120 milhões. Entre elas a ponte. Uma temeridade segundo a oposição, que põe as barbas de molho, com a desconfiança de Caixa 2 para a eleição de 2018.

Maus lençóis

A política de concessões do presidente da Assembleia Legislativa mantém todos os deputados na mão dele. Exceção é o deputado Nelson Sales (PV), que, magoado com a falta de firmeza do presidente em defendê-lo dos ataques durante a campanha eleitoral em Sena Madureira, decidiu fazer cobranças públicas sobre o posicionamento oficial da Casa em relação às CPI’s propostas. A cobrança embaralhou o jogo.

Maus lençóis II

Ney Amorim tentou sair pela tangente, alegando que regimentalmente a Casa só pode realizar três CPI’s ao mesmo tempo e que só o líder do governo propôs três. Não é verdade. A própria base governista derrotou as CPI’s propostas pelo líder (Daniel Zen, PT). Então, “duvera” só há duas. Mas, essas duas, podem acabar com o governo e com as pretensões do presidente de tentar voos mais altos na política.

Queimados

Os policiais civis “vuduzaram” os deputados Jéssica Sales e Flaviano Melo do PMDB, Wherles Rocha (PSDB) e Alan Rick (PRB). Bonecos com as caras desses deputados foram queimados no centro da cidade, em ato contra a PEC 241. Os adversários de Alan Rick dentro do PRB, comemoraram. O PRB está cada vez menor para conter os dois grupos antagônicos e o PV está de portas abertas para Alan.

Debutou

O governador Tião Viana debutou: pela primeira vez em quase seis anos de mandato que tratou, de início, de uma agenda negativa. Mas, não tomou a frente à toa. Já veio com a língua afiada contra Temer.

Toque de recolher

Um misto de “toque de recolher” com prudência: as escolas do bairro Cidade do Povo não abriram as portas nesta quarta-feira, um dia após os tiroteios na Papudinha.

Infância roubada

Repórter de tevê, enfrentando um calor de quase 40° nas ruas do bairro Cidade do Povo. Estava precisando de uma declaração de alguém da comunidade para com provar o cenário de opressão e medo. Encontra uma criança de 10 anos, em uma bicicleta.

Repórter: [Sorrindo em direção à criança] Oi, tudo bem?

Garoto: [Desconfiado, apertando os olhos por causa do sol] Tudo.

Repórter: Sabe o que é? Eu queria conversar com você. Pra falar do porquê a escola está fechada… por que quase não tem ninguém na rua aqui hoje.

Garoto: Ah! Eu não falo, não, moça!

Repórter: Mas, olha, eu juro que você não aparece. Nós podemos te filmar de costas. Eu só quero que você fale…

Garoto [interrompendo a repórter]: Moça, eu não falo. Você não sabe como é isso aqui. Você não sabe como é na minha rua. Você não sabe como é aqui na Cidade do Povo.

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