Ter um ministro que é mais ou menos “mão aberta” faz diferença para quem conduz o Palácio Rio Branco. Resta saber o que será adotado de prioritário ao país; não ao Acre, cuja relevância no cenário nacional é nenhuma.

Alegria de governadores?

O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, está em várias encruzilhadas. Uma delas: demonstrar ao mercado que não será a alegria dos governadores (e que, portanto, não é tão “gastador” quanto dizem por aí) e, ao mesmo tempo atender à guinada “à esquerda” de que o Planalto tanto acha necessário adotar.

O que isso tem a ver com o Acre?

Mas, o que isso tem a ver com o Acre? Tudo. Aliás, sobretudo com o Acre, dependente dos humores de Brasília para qualquer coisa. Nada por aqui funciona sem o aval dos cofres oficiais.

O que isso tem a ver com o Acre? II

Portanto, ter um ministro que é mais ou menos “mão aberta” faz diferença para quem conduz o Palácio Rio Branco. Resta saber o que será adotado de prioritário ao país; não ao Acre, cuja relevância no cenário nacional é nenhuma.

Cuidado

Os governadores precisam decifrar o que o ministro disse em entrevista na edição deste domingo ao jornal O Estado de S. Paulo. “O consenso que está emergindo é que é preciso controlar o crescimento do gasto. Há várias formas técnicas e políticas de fazer isso. Nosso maior desafio é o fiscal. Se conseguirmos controlar o crescimento dos gastos públicos, vamos conseguir ter os resultados primários e reduzir a dívida pública”.

Cuidado II

Essa foi uma declaração de mimo ao mercado e um banho de água fria nos governadores.

Incertezas

O cenário é de incerteza. O ex-ministro Joaquim Levy não foi o defensor público das reformas necessárias. Desde o início era o estranho no ninho petista: um economista de formação neoliberal em um governo que se esforça para manter a imagem de uma “neoesquerda”, atolada em escândalos mais velhos que “andar pra frente”.

PT X Levy

Levy foi a prova cabal de que o PT perdeu os escrúpulos para agradar o mercado. Agora, paga o preço da ingerência e da fragilidade na defesa das concepções econômicas históricas do partido. O governo Dilma tem que equacionar a responsabilidade fiscal com programas assistencialistas que lhe garantam a hegemonia estratégica no plano político.

Identidades

A presidente Dilma se sentirá “mais a vontade” com Barbosa? É uma leitura possível. A polaridade entre Levy e Barbosa coloca a discussão sob um manto maniqueísta que facilita o entendimento, mas escamoteia a necessidade de se adotar medidas urgentes ao país que aquele não as fez e este promete executar “aperfeiçoando a política econômica”.

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