Manifestação aconteceu em frente a Energisa
Na manhã desta quarta-feira (27) em frente a Energisa, no bairro Bosque, populares protestaram contra o aumento de energia.
Dezenas de pessoas participaram do ato, desde os moradores dos bairros da capital, sindicatos, Conselho do Consumidor, até mesmo políticos.
Um carro de som era utilizado para dar voz às pessoas que estavam no protesto, além de faixas e cartazes.
A população é contra o reajuste da tarifa de energia, de 21%, autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, ANEEL. O aumento ocorreu no dia 13 de dezembro de 2018.
Uma medida judicial até derrubou esse reajuste, mas a empresa conseguiu reaver a decisão e os consumidores já estão pagando mais caro.
“A empresa não tem mostrado serviço satisfatório em qualidade desde o escritório, como na entrega da conta de energia, tem consumidor que precisa buscar a conta de energia na OCA sendo que esse reajuste é para distribuição e geração de energia, mas quem garante que o estado do Acre tem uma energia de qualidade”, afirma o Presidente do Conselho de Consumidor do Acre, Ivan de Carvalho.
Segundo os manifestantes, a privatização da empresa, que antes era administrada pela Eletroacre, é o principal motivo por esse reajuste.
O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, disse que alertou sobre esses problemas. “Hoje o povo está pagando e está pagando caro, o Estado de Goiás está há dois anos privatizado e já não aguenta mais imagina aqui no Acre. O Sindicato dos Urbanitários é contrário a esse aumento, denunciamos lá atrás, infelizmente a associação dos prefeitos, a assembleia, governador na época Tião Viana, todos eles não se uniram para defender o povo do Acre.”
Alguns consumidores já sentiram a diferença na conta. Ela aumentou consideravelmente de um mês para o outro.
Raimundo Alves é pensionista e vive de um auxílio doença, ele não tem como pagar com essa tarifa mais alta. “Já senti esse aumento e não vou ter como pagar porque eu não estou comendo energia, não tem porque pagar uma diferença de aumento doido desse”, conclui Raimundo Alves.
Há contas que ultrapassam os 700 reais. O caso ainda está na justiça.