Caso seja encontrado água suficiente para abastecer as casas, será construído um sistema de armazenamento e distribuição
Em junho de 2015, o governo do Acre através do Departamento de Água e Saneamento (Depasa) contratou o serviço para perfuração de 17 metros de poços próximo a rodoviária de Rio branco, com objetivo de encontrar água subterrânea de um aquífero que corta quase toda a região do Segundo Distrito.
Mas logo nas cinco primeiras perfurações as pesquisas apontaram que não havia água suficiente para abastecer as residências. Dessa forma, dois poços ficaram com 80 metros de profundidade e outros três com 60 metros. Após bombeamento, os poços mostraram que tinham vazão entre 10 e 14 metros cúbicos por hora.
Para abastecer as casas como pretendia, seria necessário uma vazão três vezes maior, chegando a 43 metros por hora. Outra constatação que tornou inviável o uso dos poços foi o tempo de recuperação após o bombeamento, a demora passava das 8 horas.
Sete anos após a pesquisa, o prefeito Tião Bocalom, do Progressista, volta a discutir o uso do aquífero para abastecer o Segundo Distrito da cidade, pois a região consome 15% de toda a água tratada. O prefeito pretende voltar a perfurar poços em busca da água armazenada no subsolo.
Os primeiros poços foram cavados entre 60 e 80 metros, a proposta do prefeito agora é cavar 300 metros e conseguir a água em abundância. Assim, como no primeiro projeto o município pode perder dinheiro e o abastecimento de Rio Branco poderá continuar único e, exclusivamente dependente do rio Acre.
O presidente do Sistema de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) disse, que a profundidade de 80 metros a água, além de pouca, está contaminada, pois são várias construções em cima do aquífero. Já com 300 metros, a prefeitura espera ter água de primeira qualidade e com abundância, e para evitar ter prejuízo, será perfurado apenas um poço na região próxima a rodoviária. O gastos deve ultrapassar R$ 400 mil.
Caso seja encontrado água suficiente para abastecer as casas, a prefeitura vai perfurar vários poços e construir um sistema de armazenamento e distribuição.
“O que o prefeito Bocalom acredita, eu também acredito que aqui passa um aquífero muito mais abaixo de 300 metros. Então a CPRM vai vim aqui novamente, vai fazer um novo estudo e aí com essa perspectiva de ter um aquífero mais profunda. O recurso já está destinado, já está alocado e deve vim daqui a uns dias, já para fazer esse estudo, e constatado realmente que há essa viabilidade aí vai ser feito outro processo licitatório para perfurar esses poços”, explica o presidente.
Nos primeiros laudos, a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM) apontou, que seriam necessários 170 poços para abastecer todo o Segundo Distrito. Mediante a isso, precisaria ter para cada morador 200 litros diários. Desde 2006, se discute a existência do aquífero em Rio Branco, até hoje nada foi comprovado.