Bruna Silva, de 24 anos, trouxe à tona uma denúncia de suposto estupro que sofreu neste fim de semana, que desencadeou uma onda de relatos de outras mulheres que também se dizem vítimas do mesmo suposto agressor, Higor Lima. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, onde Silva compartilhou detalhes do ocorrido e encorajou outras mulheres a denunciarem os casos.
A jovem relatou que conhecia o suposto agressor de forma casual e que, ao encontrá-lo no final de uma festa, aceitou uma carona por acreditar que estava em segurança. “Como eu falei, eu conhecia ele. Quando eu estava indo para casa e por eu já conhecer, eu confiei em aceitar uma carona”, diz Bruna em um vídeo postado nas redes sociais.


Silva descreve como o homem insistiu em ter relações sexuais, apesar de repetidas negativas. “Em vários momentos, eu disse que não queria ficar com ele. Ele me levou para essa rua sem saída. E continuou insistindo para ficar comigo e eu não quis, aí ele ficou irritado e me puxou pelo cabelo e pela minha roupa e começou a me socar”, conta. Bruna revelou que o ataque durou até a mulher ceder a ter relações com o homem, que durou cerca de duas horas, das 5h às 7h da manhã, durante as quais ela diz ter sido submetida a uma série de agressões físicas e psicológicas.
O suposto estuprador nega o relato de Bruna. O profissional físico e enfermeiro, como se identifica nas redes sociais, também fez um pronunciamento sobre as acusações. “Muitas coisas que estão sendo faladas não são verdade”, diz.
Em resposta às perguntas sobre como se sente após a repercussão do caso e as medidas tomadas, Bruna revelou que procurou a Delegacia da Mulher (Deam) e tomou medidas judiciais. “Procurei a delegacia da mulher e estou com medida protetiva”, afirma.
A denúncia da jovem não foi isolada. Após o relato, outras mulheres começaram a compartilhar experiências semelhantes nas redes sociais. “Digo para elas que não tenham medo de denunciar. Todas juntas uniremos forças contra ele e vamos colocá-lo na cadeia. A justiça será feita por todas nós”, declara.


Questionada sobre o que espera que aconteça com o suposto agressor, a mulher disse: “Espero que ele passe o resto da vida dele preso pelas dezenas ou até centenas de vítimas que ele fez”.

Canais de ajuda
Metade dos brasileiros conhece ao menos uma mulher vítima de violência doméstica, por isso, se você que está lendo essa matéria estiver passando por agressão física, violência sexual, psicologica ou patrimonial ou conhece alguma mulher que esteja, entre em contato com as centrais de ajuda:
Centro de Atendimento à Vítima (CAV): Rua Marechal Deodoro, 472, Prédio-Sede do Ministério Público – cav@mpac.mp.br – (68) 99993-4701;
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam): Via Chico Mendes, 803 – Triângulo (ao lado do Deracre) – (68) 3221-4799;
Centros de Referência de Assistência Social (Cras);
Sobral: Rua São Salvador, 125 – (68) 3225-0787;
Calafate: Estrada Calafate, 3937 – (68) 3225-1062;
Bairro da Paz: Rua Valdomiro Lopes, 1728 – (68) 3228-7783;
Vitória: Rua Raimundo Nonato, 359 – (68) 3224-5874;
Tancredo Neves: Rua Antônio Jucá, 810 – (68) 3228-1334;
Santa Inês: Rua da Sanacre, 1327 – (68) 3221-8311;
Triângulo Velho: Rua Flávio Baptista, 200 – (68) 3221-0826;
Casa Rosa Mulher: Rua Nova Andirá, 339 – Cidade Nova – (68) 3224-5117;
Serviço de Atendimento à Violência Sexual: Maternidade Bárbara Heliodora – Travessa da Maternidade – Bosque;
Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Física: Upas Sobral, Segundo Distrito, Cidade do Povo e Pronto-Socorro;
Ministério Público – Centro de Atendimento à Vítima (CAV): sede – R. Mal. Deodoro, 472 – Centro – (68) 3212-2000;
Defensoria Pública – Núcleo de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência: Av. Antônio da Rocha Viana, 3057 – (68) 3215-4185;
Denúncias contra violência mulher – Disque 180.