“Este adorado reality show japonês acompanha crianças saindo sozinhas pela primeira vez para fazer tarefas de adultos”. É o que diz a sinopse oficial de Crescidinhos na Netflix.
No Japão, a série “Crescidinhos” é exibida regularmente desde 1990. Há mais de 30 anos a série conta com o mesmo princípio. Porém, o modelo original de lançamento da série é muito diferente do adotado pela Netflix.
No seu país de origem, “Crescidinhos” é exibida em especiais anuais, com episódios de 2 a 3 horas de duração. Com o lançamento da série japonesa na Netflix, a plataforma decidiu dividir os longos episódios do programa em capítulos pequenos, de 10 minutos, em média.
Esse experimento social é controlado, claro, pois os pais não são malucos de deixarem uma criança de 2 ou 3 anos ir às compras de fato sozinha. É necessário que pelo menos um adulto de confiança esteja junto, ou no caso da série, muitos adultos espalhados em todos os lugares.
A maioria das tarefas designadas as crianças é entregar um objeto a algum dos pais, avós ou amigos, fazer compras, buscar objetos em lojas ou mercados. Obviamente, nem todas as crianças estão preparadas para realizar as tarefas propostas. Algumas delas resistem, algumas precisam refazer o trajeto duas vezes para cumprir a tarefa. Mas, de todo mundo, e da forma que consegue, cada criança realiza sua atividade.
A série é fofíssima e divide opiniões tanto no Japão quanto aqui na América. Há quem acredite que esse tipo de atividade não deveria ser incentivada com crianças tão pequenas, mas também há quem diga que esse é um caminho excelente pra incentivar a autonomia dos pequenos.
Sem opinião formada sobre o assunto, talvez por não ter filhos e nem conviver com nenhuma criança há muitos anos, ainda mais pequena, considero a série interessante por trazer a perspectiva de humaninhos tão pequenos cumprirem atividades, eles esbanjam fofura, e por observar uma cultura tão diferente da nossa, como é o caso da japonesa.
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Pâmela Freitas é jornalista formada pela Ufac, pós-graduada em Jornalismo Digital pela Unyleya e repórter no site Agazeta.net