Expectativa é de crescimento de 0,8%
Levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) prevê que o comércio varejista vai oferecer 138,7 mil vagas de trabalho no fim deste ano, o que equivale ao crescimento de 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. É um crescimento fraco, mas, ainda assim, é um crescimento”, informou o economista Fábio Bentes, da CNC, acrescentando que o período de contratações ocorre entre setembro e novembro.
Apesar disso, estimou que os postos temporários vão contribuir para a recuperação dos empregos no setor. Dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregos (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, indicam que o comércio varejista acumula redução de 78,2 mil postos de trabalho, de janeiro a julho.
Novas vagas
O superintendente da Fecomércio/AC, Egídio Garó, explica que ao longo dos últimos anos, o crescimento por mão-de-obra temporária para o atendimento do movimento de vendas de final de ano tende a se repetir.
“A intensificação dos estoques, a elevação da oferta de produtos e/ou serviços, associadas a uma elevação considerável da demanda por parte dos consumidores, agora menos endividados do que em períodos anteriores, aquecerá sensivelmente as operações do comércio, especificamente para as festas natalinas. A contratação de mão-de-obra temporária deve aquecer a economia, gerar renda que, em momento oportuno, retorna para o mercado, intensificando os índices de crescimento”, afirma.
Para o cargo de vendedor, por exemplo, a maioria das vagas não exige ensino superior, basta ter o ensino médio. Além disso, os salários são atraentes: o contratado começa ganhando cerca de R$ 781,92, mas dependendo das comissões, o salário pode chegar a R$ 1,5 mil.
A gerente de vendas da loja O Boticário, Nayane Feitosa, diz que somente para uma loja foram contratadas 8 novas consultoras. “Nossa expectativa para as vendas de final de ano é muito boa. Durante todo o ano nossas vendas foram boas e por isso, devemos contratar ainda mais pessoas no final do mês de novembro para ajudar nas embalagens dos presentes”, aponta a gerente.
Os empresários devem ficar atentos também a questão dos direitos dos trabalhadores temporários, eles possuem os mesmos direitos de um funcionário comum. “Esses funcionários só não têm direito a aviso prévio. Mas férias, décimo terceiro e outros direitos, a diferença é que eles têm um prazo determinado para iniciar e terminar. A vantagem do emprego temporário e que o empregador pode avaliar melhor o emprego. Os contratos podem ser feitos de sessenta ou noventa dias”, como alerta o superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego do Acre, Manoel Neto.