“Sempre coloquei nas mãos de Deus, se fosse da vontade dEle, seríamos pais,(…)”
“Na volta a gente compra”.
“Leva um casaco que vai esfriar”.
“Você não é todo mundo”.
Pelo menos uma vez, todo mundo já escutou isso. Como diz o ditado: mãe é tudo igual, só muda o endereço! E no fim, com certeza, o amor materno é universal. Seja pela mãe, pela avó ou pela tia, elas sempre têm um espaço importante na nossa vida.
Oficializado no Brasil em 1932, no governo de Getúlio Vargas, o Dia das Mães é comemorado no mundo inteiro no segundo domingo de maio. A data, que serve para celebrar todas as mães, comove bilhões de pessoas para presentear e demonstrar seu amor por sua figura materna.
Para muitos é uma época de relembrar as dádivas e desafios da maternidade. Para Daiane Rocha, 34, assistente social, sua maior felicidade é poder comemorar com seus dois filhos, Bernardo e Samuel, depois de muito tempo esperando pela sua gravidez.

Mãe através da fé
Quando se casaram em 2013, Daiane e Marcos não viam a hora de se tornarem papais, mesmo com um diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos, conhecido como SOP, que em muitos casos dificulta a possibilidade de gravidez, mas o casal era otimista. Adeptos da fé católica, sempre esperavam uma benção para poderem ter seus próprios filhos.
Com certo tempo de espera, a esposa decidiu procurar ajuda médica, buscando tratamentos que pudessem facilitar o processo de gravidez. Entretanto, passaram-se sete anos de espera utilizando anticoncepcionais para atenuar o quadro, sem nenhum resultado. Por fim, a assistente social desistiu dos tratamentos e confiou na sua fé para aguardar o momento certo.
Ela relata: “Sempre colava nas mãos de Deus, se fosse vontade dEle, seríamos pais, senão, que Ele consolasse meu coração para poder aceitar”. Além disso, também sempre foi aberta a ideia de adoção “Eu falava assim: se o útero não gerar, o coração vai”.
Assim, os anos foram se passando e em suas preces particulares, Daiane sempre pedia um sinal a Deus para que, se fosse para ela ter seus filhos biológicos, ela receberia a imagem de Nossa Senhora grávida. Para a devota, um momento significativo foi, quando em 2017, durante uma visita aos servos de Maria, pediu uma oração ao frei Heitor, que na sua simplicidade, afirmou que ela conseguiria engravidar. Foi um instante de muita emoção.
Já em 2020, a amiga de trabalho viajou para a Europa e por acaso teve a oportunidade de fazer uma parada em Portugal durante seu percurso. E, peculiarmente, ela decide visitar a cidade de Fátima, conhecida por seus santuários, porém essa amiga é evangélica então não seria um passeio comum, já que as santidades não fazem parte de sua crença. No retorno da viagem, Daiane é presenteada com a imagem de Nossa Senhora do Ó, ou seja, Nossa Senhora grávida, e finalmente o sinal esperado chegou.
Em junho do mesmo ano, o casal descobriu que estavam esperando o seu primeiro filho, durante a pandemia de Covid-19. Após uma gestação tranquila, Daiane e Marcos receberam ao mundo seu filho Bernardo, em fevereiro de 2021, em um parto domiciliar. Em seguida, um ano e cinco meses depois, houve a revelação da segunda gravidez. Hoje em dia, Samuel, de apenas 1 mês de vida, e seu irmão vivem com seus pais que são mais que gratos por terem suas bênçãos.
