Morte de estudante no último final de semana motivou protesto
Estudantes da Faculdade FAAO fecharam a estrada Dias Martins na tarde desta segunda-feira, para pedir mais segurança aos pedestres. O protesto foi motivado por uma morte no último final de semana.
Acadêmicos do curso de serviço social da FAAO realizaram nesta segunda-feira (14) uma manifestação em frente à instituição para pedir mais segurança aos pedestres da comunidade acadêmica. A cada 2 minutos, os alunos fechavam a via numa corrente humana com cartazes, lembrando a morte de outra estudante, vítima da violência no trânsito.
Na noite da última quinta-feira, Sandra Godinho, que cursava serviço social, foi atropelada por um estudante da faculdade que dirigia uma moto. Ela cruzava a via, fora da faixa, quando o acidente aconteceu. A mulher de 30 anos morreu dois dias depois, o condutor da motocicleta ficou bastante ferido. A manifestação reivindicou, redutores de velocidade. “Atravessar na faixa de pedestre é um risco constante e não é suficiente para dar proteção. É preciso ser feito os quebra molas por que é a única forma que eles reduzem a velocidade”, explica a acadêmica Elizanete de Souza.
No semáforo, instrumento que em tese oferece mais segurança para os pedestres, os estudantes enfrentaram minutos de fúria de alguns motoristas, que hostilizavam os manifestantes e também buzinavam insistentemente. Uma experiência de confronto entre pedestres e motoristas. “Uma sensação de insegurança, de medo. O trânsito virou uma guerra”, comentou Elizanete. A opinião entre os condutores divergem sobre a importância da manifestação. “ Em parte é justa, por que a moça acidentada não estava na faixa, apesar de o motoqueiro te avançado o sinal”, opina André Gomes. Já para o vendedor Jeferson Oliveira o protesto “é uma maneira de orientar os motoristas”.
Os estudantes também cobraram durante a manifestação providências para a segurança dos alunos da escola Darci Vargas, que fica há poucos metros da FAAO. Segundo eles, o tempo para o pedestre no semáforo da escola é menor que o da faculdade e para os estudantes, isso coloca em risco a vida das crianças diariamente.