A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) de Rio Branco informou que o levantamento de pessoas que vivem em situação de rua ficou mais difícil. São mais de 600 moradores de rua e, nos últimos anos, o número tem aumentado devido pessoas desse grupo que vêm do interior do Estado.
Antes vinham apenas de municípios próximos a capital, como Senador Guiomard e Bujari. Agora, eles vêm de Tarauacá, Feijó, Brasileia e outros municípios mais afastados.
Em um levantamento preliminar, a Prefeitura descobriu que metade das pessoas que vivem em situação de rua na capital recebem auxilio social, como bolsa família e aluguel social. Porém, uma grande parcela consome drogas e bebidas alcoólicas com dinheiro repassado pelo Governo Federal.
De acordo com os dados, o cartão do bolsa família da pessoa que vive em situação de rua e usa drogas, fica direto com o traficante. Dessa forma, ele vai desconta assim que a pessoa pega a droga, mas quando chega em dia de depósito, o usuário já está em débito.
Por causa da situação em que vivem, não tem como cortar o benefício. O dinheiro que deveria ser usado para compra de alimentos, abastece os pontos de vendas de drogas.
“As vezes a gente não tem como provar para que esses benefícios sejam cortados. É pior quando é dependente químico, porque os cartões ficam na pose dos traficantes, não podemos tirar o benefício de uma pessoa doente”, afirma Suellen Araújo, secretária da SASDH.
O combate desse crime e a busca por solução não passa apenas para o município, é necessário que todos os órgãos se unam para combater a crescente de pessoas que vivem nessa situação.
Nessa segunda-feira, 18, a Secretaria começou a treinar os agentes que vão trabalhar na abordagem dessas pessoas. O grupo visa não só moradores de ruas que vivem do consumo de droga e álcool, mas crianças que trabalham em semáforos e outras atividades, assim como a exploração sexual infantil e imigrantes.
“Estamos fazendo a capacitação junto com o estado para que saibam abordar e direcionar essas pessoas para os locais certos”, informa a secretária.
Com informações do repórter Adailson Oliveira para a TV Gazeta