O pedreiro Gilberto Mesquita, morreu em um acidente de trabalho nesta quarta-feira, 27, em um prédio localizado na Avenida Nações Unidas, em Rio Branco. Na queda, o trabalhador teve um Traumatismo Craniano Encefálico (TCE), ele morreu antes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), chegar ao local.
De acordo com a esposa da vítima, Nágila, havia pressão para que a obra fosse finalizada logo. “Ele me contava que estavam sendo pressionados, que faziam hora extra para terminar um serviço. Ele foi no escritório e disseram para ele que só iam receber se executasse o serviço no prazo, se não fosse no prazo, não iriam receber”, conta a esposa.
A viúva também relata que o marido estava há quatro meses sem receber o dinheiro do “balancinho”, que seria um extra devido ao perigo que estava se sujeitando na obra, devido à demora do pagamento os obreiros não queriam mais fazer esse serviço.
Segundo informações, o mestre de obra foi conversar com os pedreiros para que retomassem, pois, o dinheiro seria pago. Ainda segundo a esposa, o dinheiro foi pago na sexta-feira, 22.
“Ele disse ontem [terça-feira, 25] que estava sobrecarregado, que ficavam o tempo inteiro em cima dele para terminar a obra”, relata a viúva.
O representante do Sindicato da Indústria de Construção Civil do Estado do Acre (SINDUSCON), relata que o andaime onde o trabalhador estava não estava seguro, e não havia técnico de segurança no horário do acidente.
“Nós entramos em contato com o técnico da obra, mas ele relatou que não tinha autorização para falar sobre o caso. A obra fechou imediatamente”, diz o representante.
Apesar de ter sido um acidente de trabalho, o presidente relata que faltou fiscalização e acompanhamento de segurança da empresa.
“Iremos procurar os órgãos competentes para fazer um relatório amanhã e fazer os procedimentos legais”, finaliza o representante.
Com informações da repórter Rose Lima para a TV Gazeta